A governadora Fátima Bezerra quer se reunir com o presidente da
Petrobras, Roberto Castello Branco, para discutir a permanência e
investimentos da estatal no estado. Para tanto, começou o mês de outubro
encaminhando ofício ao dirigente da companhia e quer levar ao encontro
representantes da bancada federal, classes trabalhadora e empresarial e
entidades da sociedade civil para participarem da audiência.
Fátima Bezerra tem conseguido apoio da Federação da Indústrias do
estado (Fiern), para destacar a relevância da Petrobras para a economia
do RN e a geração de empregos pela empresa. “A saída da Petrobras
implica na queda brusca do PIB estadual e na economia do Estado como um
todo, além do importante desenvolvimento social que a empresa promove.
Mais de 90 municípios do RN recebem a distribuição dos royalties e a
Petrobras é responsável pela manutenção de toda uma cadeia direta de
empregos. Saúdo a FIERN em unir os esforços e convocar a sociedade para
esta luta”, destacou Fátima. O presidente da Fiern, Amaro Sales, já se
pronunciou repudiando a ideia da estatal encerrar atividades no estado e
enfatizando que a entidade não aceita o “desmonte da Petrobras no
estado”. Ele mesmo sugeriu que a classe política se juntasse na mesma
causa.
A atuação da Petrobras tem sido pauta frequente da agenda da
governadora e do Consórcio Nordeste. Na última assembleia do Consórcio,
realizada dia 16 de agosto, em Natal, por exemplo, o tema foi o primeiro
ponto da carta emitida ao final do evento. Os royalties gerados pela
Petrobras são essenciais ao Governo do Estado e aos mais de 90
municípios que juntos recebem aproximadamente R$ 250 milhões, além dos
cerca de 10 mil empregos formais gerados pela cadeia do petróleo e gás.
GARANTIA DE PERMANÊNCIA
Em maio, a chefe do Executivo Estadual se reuniu com o presidente
da Petrobras, Roberto Castello Branco, na sede da empresa no Rio de
Janeiro. Na ocasião, o dirigente pontuou as situações que poderiam
ocorrer, como a venda de poços e campos de exploração, mas deixou claro
que a Petrobras não sairia do RN. Fátima Bezerra recebeu a garantia de
que a estatal permaneceria no estado e que, além disso, o RN receberia o
montante de US$ 668 milhões em 2019, sendo US$ 198 milhões apenas em
investimentos. O número é quatro vezes maior do que o investido pela
Petrobras no RN no último ano.
Já no fim de setembro, durante período de instalação da sede do
Governo do RN em Mossoró, a governadora se reuniu com empresários do
setor de petróleo e gás que integram a RedePetro RN, organização sem
fins lucrativos voltada para a promoção e integração de empresas do
setor. Durante a reunião, ela reforçou o compromisso do Governo do RN
para a permanência da Petrobras no estado, os esforços em busca de mais
investimentos e celeridade aos processos de licenciamento, junto aos
novos investidores. A preocupação da governadora com relação aos
investimentos da Petrobras no RN foi corroborada pelos empresários
presentes na ocasião. Mossoró é referência brasileira na modalidade de
exploração de petróleo em terra (onshore).
Quanto aos investimentos de iniciativas privadas, o Estado cumpre seu
papel garantindo segurança jurídica e agilidade nos licenciamentos,
inclusive expedindo em tempo recorde a exemplo da licença para a
Petrorecôncavo.
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