O
presidente Jair Bolsonaro anuncia nesta terça-feira (30) a prorrogação
do auxílio emergencial e, segundo membros do governo, o Executivo
caminha para conceder mais duas parcelas de R$ 600.
Fontes afirmam que a decisão vai em direção a esse desfecho
devido à facilidade de a proposta ser executada sem passar pelo
Congresso, já que o governo não precisaria enviar um novo texto aos
parlamentares.
A lei que instituiu o auxílio concedeu ao Executivo
a possibilidade de renovar o benefício se os valores forem mantidos e a
proposta inicial era de o auxílio ser concedido durante três meses, por
R$ 600.
A decisão de manter o valor por mais dois meses será
diferente daquela anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro ao lado do
ministro Paulo Guedes (Economia) na última quinta-feira (25). Eles
informaram em live que deveria haver uma prorrogação do auxílio por mais
três meses em parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.As discussões foram
tomadas por idas e vindas e, nesta terça, Guedes chegou a falar em uma
prorrogação maior, de três meses.
"Demos os três meses iniciais e
estendemos agora porque ela [pandemia] não começou a descer ainda.
Estendemos por mais três meses, mas acreditamos que realmente ela vá
descer nesses próximos três meses", disse.
Ele sinalizou
que o grau de contaminação do coronavírus pode levar a uma extensão
ainda maior da medida. "Se não descer [a pandemia], lá vamos nós pensar
de novo em quanto tempo mais teremos que segurar o fôlego", disse.
Guedes
evitou detalhar os valores da prorrogação dizendo que o anúncio caberá
ao presidente. "Não quero me alongar muito sobre isso exatamente porque o
presidente vai falar sobre isso daqui a pouco. Mas como a pandemia
continua nos assombrando, nós vamos estender essa cobertura", afirmou.
Essa é a medida anticrise que mais demanda recursos do Tesouro
Nacional. Inicialmente, o governo estimou que o programa alcançaria 54
milhões de pessoas ao preço de R$ 98 bilhões aos cofres públicos.Depois,
o impacto subiu para mais de R$ 120 bilhões para os três meses
originalmente estimados diante da forte demanda.
FOLHAPRESS
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