As tendências de incidência e mortalidade por covid-19 no Brasil se
estabilizaram em patamares altos, avalia o último Boletim Observatório
Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta
segunda-feira (20). O estudo é referente ao período de 28 de junho a 11
de julho, que corresponde às semanas epidemiológicas 27 e 28.
A estabilização das tendências em nível nacional é resultado de
movimentos de avanço ou recuo da pandemia nas unidade da federação,
mostra a pesquisa. No caso da média diária de registro de casos, houve
quedas no Rio Grande do Norte (-12,3%), Roraima (-9,3%), Rondônia
(-8,4%), Rio de Janeiro (-5,3%), Espírito Santo (-3,7%) e mais 10
estados. Por outro lado, a média cresceu no Mato Grosso (+4,1%), Santa
Catarina (+3,7%), Amazonas (+1,9%), Rio Grande do Sul (+1,8%), Goiás
(+1,7%) e mais sete estados.
Em relação à mortalidade, o maior aumento no período foi registrado
noTocantins, onde a média diária de óbitos cresceu 5,3% nas últimas duas
semanas. Outros estados com aumentos mais expressivos são Distrito
Federal (+4,5%) Rio Grande do Sul (+4,3%), Santa Catarina (+3,9%), Minas
Gerais (+3,9%) e Paraná (+3,4%). Ao todo, 13 unidades da federação
tiveram aumento na taxa de mortalidade nas últimas duas semanas
epidemiológicas.
Por outro lado, há tendência de queda de mortalidade em Roraima
(-12,1%), Rio Grande do Norte (-7,7%), Pará (-2,9%), Rio de Janeiro
(-1,9%), Espírito Santo (-1,9%) e mais nove estados.
O boletim também traz dados sobre a média móvel de incidência de
síndrome respiratória aguda grave (SRAG), complicação comum em casos
mais severos de doenças respiratórias, incluindo a covid-19. A
incidência por 100 mil habitantes é considerada muito alta para todas as
unidades da federação, sendo a média nacional de 9,7 casos por 100 mil
pessoas.
As regiões Sudeste e Centro-Oeste estão acima da média do país, com
11,5 e 11 casos por 100 mil habitantes. Já o Sul (8,5), o Nordeste (7,0)
e o Norte (5,6) têm incidência menor que a média brasileira, de 9,7.
Com 19,3 casos por 100 mil habitantes, o Distrito Federal tem a maior
incidência do país, seguido por Alagoas (17,8 por 100 mil) e São Paulo
(13,4 por 100 mil). As menores taxas são do Maranhão (2,5 por 100 mil) e
do Espírito Santo (2,9 por 100 mil).
Agência Brasil
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