A Secretaria de Estado de Saúde Pública informa que o Estado do Rio Grande do Norte confirma o primeiro caso de reinfecção através da metodologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fio Cruz) por sequenciamento genético. O caso é o primeiro no Brasil a ser confirmado pelo Ministério da Saúde.
O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Norte (CIEVS-RN) recebeu uma notificação de caso suspeito para reinfecção no dia 23 de outubro de 2020. A paciente, residente do município de Natal, 37 anos, é profissional de saúde em serviços no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Ela apresentou um quadro de síndrome gripal (cefaleia, dor abdominal e coriza) em 17 de junho de 2020 e coletou amostra para um teste de RT-PCR no Estado da Paraíba em 23 de junho de 2020, tendo resultado positivo.
Em 11 de outubro de 2020, a paciente voltou a apresentar um quadro de síndrome gripal (astenia, mialgia, cefaleia frontal e distúrbios gustativos e olfativos), com coleta de amostra para um novo teste em 13 de outubro, também positivo.
É importante ressaltar que a investigação para a reinfecção foi realizada em trabalho conjunto com os setores da vigilância epidemiológica do estado do Rio Grande do Norte, Município de Natal e estado da Paraíba.
Após a investigação, as amostras foram encaminhadas, à pedido da equipe de epidemiologia da SESAP, pelo estado da Paraíba para análise no laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), no Rio de Janeiro, local referência para investigação laboratorial de casos suspeitos de reinfecção pelo vírus SARS-COV2, conforme fluxo estabelecido pelo Ministério da Saúde.
A Secretaria de Saúde Pública ressalta ainda que foi constatada a presença de linhagens distintas do vírus nas amostras coletadas, o que confirma o primeiro caso de reinfecção do País.
Existem hoje no Rio Grande do Norte, nove casos notificados, sendo um confirmado, cinco em investigação e três. com inviabilidade de análise
Em nota técnica assinada pelo município de Natal, estado do Rio Grande do Norte e Paraíba reitera a importância da notificação dos casos suspeitos, bem como a investigação de possíveis casos de reinfecção pelos profissionais de saúde. Além disso, reforçam que as medidas de biossegurança precisam ser adotadas incansavelmente, como o uso correto da máscara e higienização das mãos e a obediência aos protocolos de distanciamento.
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