quarta-feira, 17 de março de 2021

Campanha de vacinação contra gripe começa em 12 de abril em todo o país


Em meio à vacinação contra a Covid-19, unidades de saúde devem iniciar, a partir de 12 de abril, outra campanha de imunização: a da gripe. A data foi informada nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde. Segundo a pasta, a expectativa é que sejam vacinados, até 9 de julho, 79,7 milhões de pessoas que fazem parte do público-alvo a quem a vacina é indicada na rede pública –caso de crianças menores de seis anos, gestantes e idosos, entre outros.

A oferta da imunização considera os grupos que têm maior risco de complicações ou mortes pela gripe, situação que deve ajudar, de forma indireta, também na assistência contra a Covid, por reduzir a carga sobre o sistema de saúde. Veja a lista completa dos grupos prioritários abaixo. Ao todo, está prevista a distribuição de 80 milhões de doses de vacinas contra a gripe, produzidas pelo Instituto Butantan. A meta é vacinar 90% do público-alvo dentro do prazo previsto.

Neste ano, a campanha deve ocorrer no mesmo momento em que equipes de saúde voltam a atenção à estratégia de vacinação contra a Covid –situação que tem levado a alertas de especialistas sobre a necessidade de organizar o sistema.

De acordo com a pasta, a ideia é que a vacinação ocorra em momentos diferentes em cada iniciativa, ainda que parte dos grupos sejam coincidentes. Isso ocorre porque não há estudos sobre a aplicação simultânea das vacinas. Neste caso, a recomendação é que as doses contra Covid e influenza sejam aplicadas com 14 dias de intervalo. “Considerando a ausência de estudos sobre a coadministração das vacinas, o Ministério da Saúde não recomenda a aplicação das duas doses simultaneamente. A orientação, neste momento, é priorizar a imunização contra o Covid-19”, informa a pasta.

Assim, no caso de pessoas que fazem parte do grupo prioritário para a vacinação contra a gripe, mas que ainda não foram vacinadas contra a Covid-19, “deve ser priorizada a dose contra a Covid-19 e agendada a vacina contra a influenza, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre as vacinas”. Para evitar que haja coincidência entre os grupos, a campanha de vacinação contra a gripe deve ser organizada em três etapas, com ordem diferente da aplicada nos últimos anos.

Em geral, a vacinação é iniciada por idosos. Neste ano, no entanto, deve começar com crianças menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde. Em seguida, a campanha será voltada a idosos e professores. Já os demais grupos entram na terceira fase.

Em nota, a pasta frisa ainda que a vacinação contra a gripe “é extremamente importante para a proteção dos grupos mais vulneráveis”.

Além de reduzir o risco de complicações e mortes pela gripe, a vacina também ajuda a reduzir sintomas que podem ser confundidos com a Covid. “Em um cenário de saturação dos serviços de saúde, em razão do aumento no número de casos de Covid-19, a vacinação contra a influenza assume particular relevância para proteger populações vulneráveis em risco de desenvolver formas graves da doença e reduzir o impacto das complicações respiratórias atribuídas à influenza na população, aliviando a sobrecarga no sistema de saúde durante a pandemia pela Covid-19”, diz informe técnico divulgado pela Saúde. “Desta forma, os profissionais da saúde devem se valer de todas as oportunidades durante a temporada de vacinação contra a influenza para vacinar todas as pessoas elegíveis”, completa o documento, que recomenda que estados adotem medidas de prevenção para evitar filas e aglomerações.

Entre essas medidas, está reservar um local específico das unidades de saúde apenas para a vacinação contra a gripe. A campanha de vacinação contra a gripe é realizada no país desde 1999. O imunizante protege contra três tipos de vírus da gripe, definidos a cada ano de acordo com aqueles que predominam em circulação.

CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE

Data: de 12 de abril a 9 de julho

Público-alvo: crianças com mais de seis meses e menores de seis anos, gestantes, puérperas [mulheres com até 45 dias após o parto], indígenas, trabalhadores da saúde, idosos, professores das escolas públicas e privadas, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento, forças armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e população privada de liberdade

Distribuição dos grupos: em três etapas, sendo que a primeira (de 12/04 a 10/05) deve ocorrer para crianças maiores de seis meses e menores de seis anos, gestante, puérperas, povos indígenas e trabalhadores de saúde

FOLHAPRESS

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