A prefeitura de Olinda, um dos principais polos de Carnaval em Pernambuco, confirmou, nesta quarta-feira (5), o cancelamento dos festejos neste ano. A decisão foi anunciada pelo prefeito Lupércio Nascimento (Solidariedade) em entrevista coletiva pela manhã. "Só iríamos fazer o Carnaval se a gente sentisse segurança. Não seremos irresponsáveis em expor a vida de ninguém. Acima de qualquer evento, está a vida. Isso é o mais importante", afirmou Lupércio. Olinda decidiu cancelar o Carnaval na mesma semana em que Salvador e Rio de Janeiro tomaram decisões semelhantes por causa da pandemia. Blocos tradicionais do Carnaval de Olinda, como Eu Acho é Pouco e o Homem da Meia-Noite, já tinham, de forma espontânea, anunciado que não promoveriam desfiles em fevereiro. Além do avanço da variante ômicron no Brasil, a epidemia de gripe em Pernambuco também preocupa as autoridades de saúde de Olinda. Os dois fatores impulsionaram a definição pelo veto às festividades de grande porte nas ruas. Segundo estimativas da prefeitura de Olinda, cerca de 4 milhões de pessoas circulam pela cidade durante o período carnavalesco. De acordo com dados apresentados durante a entrevista coletiva, Olinda registrou, desde o começo da pandemia, 26.503 casos e 1.035 mortes por Covid. A tendência é que a prefeitura do Recife siga a recomendação do governo estadual, mas a administração municipal já sinaliza que os grandes eventos de Carnaval somente poderão voltar ao patamar pré-pandemia com a superação da crise sanitária. Em paralelo, eventos privados fazem as divulgações e vendas de ingressos para o período de Carnaval. A categoria alega que é possível fazer o controle sanitário exigindo o comprovante de vacinação completa contra a Covid.
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