O
 deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) admitiu nesta terça-feira (26) que 
estava sem tornozeleira eletrônica. Questionado por jornalistas enquanto
 circulava pelos corredores do Congresso Nacional, o parlamentar disse 
que "nem era" para ele ter utilizado o equipamento. "Estou sem ela", 
respondeu.
Segundo
 a Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, o 
equipamento instalado no parlamentar está descarregado desde o último 
dia 17. Silveira recebeu a tornozeleira no dia 31 de março, em Brasília, após o ministro do STF Alexandre de Moraes ter 
determinado multa diária caso o deputado seguisse resistindo ao 
monitoramento.
Na
 última quarta-feira (20), Daniel Silveira foi condenado a 8 anos e 9 
meses de prisão em regime fechado por ataques antidemocráticos a 
ministros e ao Supremo.
No
 dia seguinte, o presidente Jair Bolsonaro concedeu indulto individual 
(perdão da pena) ao parlamentar – o que, na prática, vai impedir a 
execução da pena, mas não os efeitos secundários da condenação, como a 
inelegibilidade.
No
 entanto, o indulto individual concedido a Silveira não tem validade 
automática. Por isso, o parlamentar ainda precisaria utilizar a 
tornozeleira eletrônica.
Em
 decisão publicada nesta terça-feira (26), o ministro Alexandre de 
Moraes disse que o Supremo tem de analisar se o perdão concedido por 
Bolsonaro é constitucional.
Além
 disso, Moraes deu 48 horas para a defesa de Silveira se manifestar 
sobre o indulto e sobre o descumprimento de medidas restritivas por 
parte do parlamentar. O ministro disse também que o indulto não livra 
Silveira da inelegibilidade.
Por g1 — Brasília 
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