Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Nesta segunda-feira 7, às 13h (de Brasília), Tite vai apresentar na sede da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), no Rio de Janeiro, os 26 jogadores que vão representar o Brasil na Copa do Mundo no Qatar.
A lista do treinador, segundo ele, foi fechada recentemente. Há um mês, quando o técnico recebeu a reportagem em seu escritório na entidade, ele ainda tinha, ao menos, seis dúvidas para compor seu elenco.
“[Essa definição] é recente porque é construída a cada jogo, a cada treino, a cada performance do atleta no seu clube”, disse à reportagem na ocasião.
Àquela altura, o Brasil já havia feito os últimos amistosos antes da disputa da Copa. Contra as seleções de Gana e Tunísia, o comandante colheu as informações finais para compor seu plantel.
“Quando esses jogos terminaram, a lista ficou mais perto do seu produto final.”
Mesmo assim, ele ainda fez viagens à Europa para observar jogadores. De acordo com a CBF, 83 nomes foram convocados neste ciclo. Na sexta-feira 4, Tite e seu auxiliar Matheus Bachi –filho do técnico– voltaram ao país após acompanharem presencialmente partidas de Newcastle, Aston Villa, Manchester United, West Ham, Liverpool, Juventus e PSG –times que têm possíveis convocados.
Desta vez, o comandante poderá levar três jogadores a mais do que em 2018, quando o limite definido pela Fifa ainda era de 23 atletas.
Sem surpresas
É pouco provável, no entanto, que a delegação tenha surpresas de última hora. Tite valoriza as relações de confiança com os jogadores e isso, segundo o próprio, leva tempo para ser construído.
Esta será a segunda Copa do Mundo do treinador, mas a primeira em que ele terá feito todo o ciclo. Antes do torneio na Rússia, ele teve menos tempo para dar sua cara ao time, já que assumiu o cargo em 2016, a dois anos do Mundial.
Na reta final, também encarou problemas para fechar sua lista. Primeiro, teve que cortar Daniel Alves por lesão. Além disso, alguns jogadores chegaram à Copa sem a preparação ideal, prejudicados também por contusões meses antes do torneio, como Neymar.
“Hoje, [temos mais opções de] nomes e jogo”, diz o técnico. “Temos modelos diferentes, ajustes diferentes, preparo de atletas diferentes. Essa é uma diferença significativa.”
Em solo russo, a falta de variações pesou. O Brasil foi eliminado nas quartas de final pela Bélgica. Mesmo com a derrota, Tite obteve um feito raro, ao ter seu contrato estendido para mais um ciclo.
Desde 1978 um treinador eliminado na Copa não tinha o seu vínculo renovado. Desta vez, ele já avisou que não seguirá no cargo após o torneio.
No Qatar, o Brasil chega como um dos favoritos. Além de terminar as Eliminatórias invicto, com 14 vitórias e três empates, marcou 40 gols e sofreu apenas cinco.
Também foi finalista da Copa América 2021, mas acabou derrotado pela Argentina no Maracanã, por 1 a 0. Dois anos antes, em 2019, havia chegado à decisão do torneio e, naquela ocasião, venceu o Peru por 3 a 1, também no histórico estádio do Rio.
Alguns nomes foram presenças importantes nessas campanhas e dificilmente não estarão na lista da Copa do Mundo. São eles: Alisson, Ederson, Weverton, Thiago Silva, Marquinhos, Militão, Danilo, Alex Sandro, Casemiro, Fred, Fabinho, Bruno Guimarães, Paquetá, Neymar, Raphinha, Vinícius Júnior, Antony, Rodrygo, Gabriel Jesus e Richarlison.
São 20 atletas que corroboram a afirmação do treinador de que apenas seis vagas ainda o deixavam em dúvida nesta reta final de preparação.
Considerando essas peças, aliás, apenas um deles joga no Brasil, o goleiro Weverton, titular absoluto do Palmeiras e a terceira opção na seleção.
Na fracassada campanha de 2018, eram três os atletas que jogavam no futebol brasileiro: o goleiro Cássio e o lateral Fagner, do Corinthians, e o zagueiro Pedro Geromel, do Grêmio.
Na última conquista do país, em 2002, na edição realizada em conjunto por Coreia do Sul e Japão, 12 dos 23 convocados atuavam no Brasil. Até hoje, nunca uma seleção brasileira disputou uma Copa sem ter atletas que vestiam a camisa de clubes daqui.
Em busca do sexto caneco mundial, o Brasil terá pela frente na primeira fase Sérvia, Suíça e Camarões. A estreia pelo Grupo G, diante dos sérvios, será no dia 24 de novembro, às 16h (de Brasília), em Lusail.
Antes de desembarcar no Qatar, a delegação brasileira vai fazer uma escala em Turim, na Itália, onde será feita parte da preparação até a Copa do Mundo. O plantel brasileiro vai ficar no centro de treinamento da Juventus entre os dias 14 e 19 de novembro.
A chegada ao Qatar está prevista também para o dia 19, e o primeiro treino no país do Mundial será no dia 20, quatro dias antes da estreia.
FolhaPress
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