Foto: Ton Molina/Fotoarena
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou ao presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, que ele está fora da empresa.
Prates de despediu nestas tarde de seus diretores e comunicou à equipe que Magda Chambriard será a nova presidente da Petrobras. Ela foi diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP) no governo Dilma Rousseff.
O CEO da Petrobras enfrentou nos últimos meses intensa fritura interna no governo, acumulando disputas com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Em abril, o presidente Lula chegou a convidar o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, para assumir o comando da petroleira. Mas pesou a favor da permanência de Prates o apoio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Saída de Prates foi “a pedido” e “negociada”, apontam comunicados da Petrobras
Nos comunicados oficiais enviados aos investidores, a Petrobras diz que a saída foi “a pedido” e ocorreu “de forma negociada”.
No documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para informar a indicação de Magda Chambriard para a presidência da empresa, a Petrobras cita que o foi registrado o “pedido do Sr. Jean Paul Prates de encerramento antecipado de seu mandato como presidente da Petrobras”.
Essa saída, explica o texto, ocorreu “de forma negociada”.
Antes, no documento que informa a saída de Prates, a Petrobras cita que recebeu a “solicitação de que o Conselho de Administração da companhia se reúna para apreciar o encerramento antecipado de seu mandato como presidente da Petrobras de forma negociada”.
Troca de comando da Petrobras é sinal ruim, dizem analistas
A troca de comando na Petrobras, após a demissão de Jean Paul Prates pelo presidente Lula (PT), foi vista com preocupação por economistas.
Para o posto de Prates, o presidente indicou a engenheira Magda Chambriard, que comandou a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) no governo Dilma Rousseff (PT).
Na avaliação do economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a Petrobras segue sofrendo ingerências preocupantes por parte do governo, a política de precificação não está pacificada e há defasagens acumuladas de preços que terão que ser revistas.
“Fica um cheiro no ar de gestão ao estilo de Dilma, algo que vai ser importante acompanhar nos próximos meses. Não foi um bom sinal, considerando o que parecem ser as motivações para a troca de Prates”, diz.
Segundo o economista, o governo está criando ruídos excessivos em várias áreas nos últimos meses: fiscal, monetária e, agora, na Petrobras.
Com Informações
Blog da Malu Gaspar, O Globo
CNN Brasil
Folha de S. Paulo
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