Reprodução/Internet
A vereadora do Rio de Janeiro, Talita Galhardo (PSD), afirmou que recebeu ameaças pelas redes sociais de Henrique Eduardo Gomes Cabral, pai do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, acusado de tentar matar a ex-namorada Juliana Soares com 61 socos dentro de um elevador na Zona Sul de Natal.
Segundo Talita, após publicar imagens do agressor em suas redes sociais, passou a receber mensagens intimidadoras enviadas pelo corretor de imóveis Henrique Cabral. Ele dizia que a vereadora estaria “ofendendo” o filho e exigia a exclusão das postagens.
A parlamentar tornou públicas as mensagens, nas quais o pai do acusado a ameaça com “medidas cabíveis” caso não retirasse as fotos. “Você está brincando com fogo”, escreveu Henrique em uma das conversas.Confronto nas redes sociais
Talita Galhardo relembrou em suas postagens o episódio ocorrido em 26 de julho, quando Juliana Soares foi brutalmente agredida por Igor Cabral no elevador de um condomínio. O ataque deixou a vítima com o rosto desfigurado e provocou comoção nacional.
Em suas publicações, a vereadora chamou o réu de “marginal” e “covarde”, destacando que ele precisa ser exposto. Henrique reagiu acusando Talita de desequilíbrio e de “nível baixíssimo”, ao mesmo tempo em que reconheceu que o filho “errou” e será condenado.
A resposta da vereadora veio em tom de crítica ao machismo. “A mulher é sempre desequilibrada e de baixo nível, né? Suas ordens e ameaças aqui foram o quê? A justiça vai dizer!”, rebateu.
Defesa pública do agressor
Mesmo após o crime, Henrique publicou nas redes sociais uma mensagem no Dia dos Pais em que declarou que continua “cheio de amor” pelo filho. Ele disse que “erros acontecem” e afirmou que o amor paterno não desiste, pedindo um “novo recomeço”.
Já na Justiça, Igor Cabral participou de audiência de instrução em 16 de setembro, quando testemunhas da defesa e do Ministério Público foram ouvidas. O processo aguarda a anexação de dois laudos periciais para avançar à fase de alegações finais.
Indiciado por tentativa de feminicídio, o ex-jogador está preso na Cadeia Pública Dinorá Simas, em Ceará-Mirim, onde aguarda julgamento.
Relembre o caso
Juliana Soares foi espancada com 61 socos em menos de um minuto, ataque registrado pelas câmeras do condomínio. A vítima passou por cirurgia de reconstrução facial no Hospital Universitário Onofre Lopes.
De acordo com a delegada Victória Lisboa, responsável pela investigação, o crime foi motivado por ciúmes após uma discussão iniciada em um churrasco. O Ministério Público ofereceu denúncia e tornou Igor réu oficialmente.Em entrevista recente, Juliana revelou ter recebido novas ameaças anônimas pelas redes sociais, incluindo mensagens que prometiam repetir a agressão de forma ainda mais brutal. Ela relatou viver em constante estado de alerta e alertou para os sinais do “ciclo do abuso” em relacionamentos tóxicos.
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