sábado, 20 de março de 2010

Henrique rebate Robinson e tenta manter PP na base

O presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves, respondeu às declarações do presidente da Assembleia Legislativa, Robinson Faria (PMN), que o teria chamado de “ditador”. Ontem, em entrevista ao programa Diógenes Dantas Nominuto, na Cabo Telecom, o parlamentar respondeu: “quando Robinson precisou da minha ajuda para interceder junto à direção nacional para que o PP ficasse com ele e com Fábio Faria, eu era um democrata. Agora, ele mudou de posição e eu virei ditador por não permitir que o partido suba no palanque do DEM e faça campanha contra o presidente Lula”, argumentou. Henrique voltou a dizer que a nova formação provisória do diretório estadual do PP não tem valor jurídico.

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABRHenrique Alves afasta a possibilidade de o PP apoiar a candidata do DEM no Rio Grande do NorteHenrique Alves afasta a possibilidade de o PP apoiar a candidata do DEM no Rio Grande do Norte
Robinson Faria se adiantou e negou ontem, por meio do microblog twitter que tivesse chamado o deputado do PMDB de ditador. “Em nenhum momento me referi a Henrique Alves, meu amigo pessoal há mais de 30 anos, como ditador”.  O que eu disse, e repito, é que intervenção, sem justa causa, remete ao Brasil do tempo da ditadura”, declarou.

O deputado peemedebista defende que o Partido Progressista potiguar não deve permanecer sob o comando do grupo ligado ao PMN porque o presidente Robinson Faria é hoje um aliado do Partido Democratas (DEM) no Rio Grande do Norte, legenda adversária do Governo Federal. Em face da nova conjuntura política estadual, o presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles (RJ), dissolveu a comissão provisória que controlava a sigla e determinou que fosse feito um novo pleito interno para definir um novo grupo de comando. Venceu o prefeito de Lajes e aliado de Robinson, Benes Leocádio.

 Ele enfatizou que “não há a menor hipótese de o PP dar tempo de TV para o DEM bater no presidente Lula e na ministra Dilma Rousseff”. “O PP não pode, não deve e não vai coligar-se com a chapa oposicionista no Rio Grande do Norte”, observou em entrevista ao jornalista Diógenes Dantas.

Sobre a posição do PMDB no Rio Grande do Norte, o presidente estadual da legenda voltou a reforçar que a prioridade da sigla é a reeleição do senador Garibaldi Alves (PMDB). Henrique reforçou ainda que o PMDB manterá a posição de não fazer aliança na chapa majoritária, lançando somente o nome do senador Garibaldi Filho e definindo uma outra estratégia para a chapa proporcional. Ele ressaltou que as recentes notícias vindas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no sentido de delimitar os espaços majoritários e proporcionais da eleição deste ano não contradizem as intenções dos peemedebistas potiguares para o pleito, ao contrário, confirmam a tese externa pelo jurista Paulo de Tarso Fernandes.

Respondendo a consulta feita pelo Democratas (DEM), a Corte do TSE negou que legendas que apoiam candidatos diferentes na majoritária possam fechar alianças em candidaturas a deputado estadual ou federal. O presidente estadual do PMDB informou que o partido  fez consulta ao TSE para dirimir qualquer tipo de dúvida.

PMDB formula consulta sobre coligações eleitorais

A dúvida sobre as regras para as composições das chapas majoritárias e proporcionais foi formulada ao Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte e ao Tribunal Superior Eleitoral. No plano regional foi o PR que apresentou a consulta. Já no TSE o questionamento foi formulado pelo PMDB.

O entendimento do advogado Paulo de Tarso Fernandes, que advogada para o senador Garibaldi Filho (PMDB), é de que os partidos políticos podem se coligar livremente na proporcional, desde que não sejam adversários na eleição majoritária.

“O movimento por fortalecimento dos partidos leva a autonomia e liberdade. Não vejo como isso pode ser confundido com prestígio ou mandonismo dos dirigentes. Os partidos se fortalecem na medida que a lei não interfira neles”, ressaltou o advogado em entrevista esta semana à TN.

Ele citou que a Emenda Constitucional 52, de 2006, será pela primeira vez aplicada em um pleito eleitoral e essa define que é assegurado aos partidos políticos “autonomia para definir estrutura interna e adotar critérios de escolha e regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação de candidatura nacional, estadual, distrital ou municipal”.
fonte:TN

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