Benes lembra que, em 1988, cidades tinham 22% dos recursos; hoje têm apenas 13% Foto: Fábio Cortez/DN/D.A.Press/D.A Press |
Benes Leocádio disse que as prefeituras, atualmente, não têm condições de realizar investimentos de grande porte por falta de recursos. "As demandas aumentaram para os municípios, mas a arrecadação não. Recebemos verbas federais, mas sempre temos que dar nossa contrapartida, como no caso do Programa Saúde da Família (PSF) e de muitos outros. O problema na Saúde hoje também é consequência dessa concentração da renda nas mãos do governo federal. Não temos recursos para melhorar", lamentou.
O representante dos municípios criticou também a falta de compromisso do governo federal com o cumprimento de compromissos assumidos com as prefeituras. "Muitas vezes, o dinheiro para determinada obra é empenhado, nós fazemos a licitação, contratamos a empresa, mas, em seguida, não temos a liberação dos recursos. Isso tira a credibilidade das cidades com as empresas, que muitas vezes esvaziam as licitações. Falta responsabilidade do governo no cumprimento dos compromissos", declarou.
Leocádio defendeu a realização de uma reforma tributária que equilibre o poder de investimento das unidades federativas. Ele frisou que, enquanto prefeitos e governadores continuarem dependentes da União, os investimentos serão limitados e as dificuldades continuarão. "Na Alemanha, a arrecadação é repassada em maior parte para as cidades e lá as coisas funcionam. Precisamos de autonomia verdadeira para realizar investimentos para a população", finalizou o presidente da Femurn.
Fonte:DN Oline
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