terça-feira, 3 de maio de 2011

Justiça de SP avalia pedido de anulação do júri do casal Nardoni nesta terça-feira

A Justiça de São Paulo deve julgar, nesta terça-feira (3), o recurso que pede a anulação da decisão do júri popular que condenou o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá a 31 e 26 anos de prisão, respectivamente, em março de 2010. O julgamento do recurso de apelação acontecerá a partir das 10h, na sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, no centro da capital paulista.

Em setembro de 2010, um pedido de anulação do julgamento de Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni foi negado. A decisão dos três desembargadores que analisaram o recurso foi unânime. O pedido de novo julgamento do caso foi formalizado alguns dias depois da decisão da Justiça.

Alexandre e Anna Carolina foram condenados pela morte da menina Isabella Nardoni, filha de Alexandre. Eles também foram condenados a outros oito meses de reclusão por crime de fraude processual, que os dois poderão responder em regime semiaberto. Foi negado aos dois o direito de recorrer da sentença em liberdade, por isso, eles permanecem detidos em presídios na cidade de Tremembé, a 147 km de São Paulo.

Relembre o caso

A morte de Isabella Nardoni completou três anos no dia 29 de março deste ano. À epoca com cinco anos, ela foi jogada do 6º andar do edifício London, na zona norte de São Paulo. No apartamento, moravam o pai dela, Alexandre Nardoni, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e os dois irmãos menores. A menina chegou a ser socorrida, mas morreu.
O pai e a madrasta contaram à polícia que um assaltante havia entrado no prédio e jogado a menina da janela. Mas a polícia desconfiou da versão. Em 3 de abril, eles divulgaram cartas escritas a mão em que diziam ser inocentes. Ainda assim, os dois foram presos.
Peritos da Polícia Civil falaram que a menina foi espancada e esganada dentro do apartamento, antes de ser jogada pela janela. Depois, a polícia afirmou que não existia uma terceira pessoa no apartamento na noite da morte de Isabella e, durante a reconstituição, a polícia concluiu que a criança morreu 11 minutos após ter chegado ao prédio.

O promotor Francisco Cembranelli entregou à Justiça denúncia contra o casal no dia 6 de maio. Eles foram acusados de homícidio doloso (com intenção de matar) triplamente qualificado, já que, segundo a promotoria, a vítima foi morta de forma cruel, não tinha condições de se defender e o casal ainda escondeu que bateu na criança.

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