sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Preço pago pelo leite ao produtor rural do RN é empurrado para baixo pelo Governo do Estado


_440dc13dd810d4937253ebd06bb7034f__leite_1Enquanto no Estado de Pernambuco as indústrias de laticínios já estão, desde agosto, pagando aos seus fornecedores o preço de R$ 1,50 pelo litro de leite bovino “in natura”, a maioria das usinas pasteurizadoras do Rio Grande do Norte teimam em segurar o produto na base de R$ 1,15, usando como forte argumento o fato de que é este o patamar estabelecido pelo “Programa do Leite” do Governo Estadual.
Até em Minas Gerais, que possui uma das maiores e mais bem estruturadas bacias leiteiras do país e onde os custos de produção dos agropecuaristas estão bem abaixo dos de qualquer Estado da região Nordeste, o leite já vem sendo entregue aos laticínios por R$ 1,40, sem que isso gere reações negativas no mercado.
Na visão das lideranças do Sindicato dos Produtores de Leite, Carnes e Derivados do Rio Grande do Norte (Sinproleite), o responsável número um pelo aviltamento do preço do leite em nosso meio é o programa social do Governo, que além de pagar pouco pelas dezenas de milhares de litros diariamente comprados às usinas para distribuição gratuita às famílias carentes, ainda atrasa os pagamentos de forma contumaz.
Para inúmeros criadores que se dedicam à pecuária leiteira no interior potiguar, uma das primeiras providências para se tirar esta atividade da crise em que se encontra no RN, seria o Governo Estadual extinguir o “Programa do Leite” – que já se exauriu – e deixar que o mercado passe a regular os preços.
De Marco Aurélio de Sá

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