Enquanto
no Estado de Pernambuco as indústrias de laticínios já estão, desde
agosto, pagando aos seus fornecedores o preço de R$ 1,50 pelo litro de
leite bovino “in natura”, a maioria das usinas pasteurizadoras do Rio
Grande do Norte teimam em segurar o produto na base de R$ 1,15, usando
como forte argumento o fato de que é este o patamar estabelecido pelo
“Programa do Leite” do Governo Estadual.
Até em Minas Gerais, que possui uma das maiores e mais bem
estruturadas bacias leiteiras do país e onde os custos de produção dos
agropecuaristas estão bem abaixo dos de qualquer Estado da região
Nordeste, o leite já vem sendo entregue aos laticínios por R$ 1,40, sem
que isso gere reações negativas no mercado.
Na visão das lideranças do Sindicato dos Produtores de Leite, Carnes e
Derivados do Rio Grande do Norte (Sinproleite), o responsável número um
pelo aviltamento do preço do leite em nosso meio é o programa social do
Governo, que além de pagar pouco pelas dezenas de milhares de litros
diariamente comprados às usinas para distribuição gratuita às famílias
carentes, ainda atrasa os pagamentos de forma contumaz.
Para inúmeros criadores que se dedicam à pecuária leiteira no
interior potiguar, uma das primeiras providências para se tirar esta
atividade da crise em que se encontra no RN, seria o Governo Estadual
extinguir o “Programa do Leite” – que já se exauriu – e deixar que o
mercado passe a regular os preços.
De Marco Aurélio de Sá
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