Foto: José Aldenir
Com 13 casos suspeitos de febre chikungunya sendo investigados
atualmente, o Rio Grande do Norte tem intensificado as ações de
orientação e capacitação de profissionais de saúde nos 167 municípios
para evitar uma possível epidemia da doença. A proximidade do verão,
época propícia para a reprodução do Aedes aegypti e do Aedes albopictus,
transmissores da dengue e da febre, também preocupa a Secretaria de
Estado da Saúde Pública (Sesap), que pede à sociedade que mantenha os
cuidados redobrados contra o surgimento de focos dos mosquitos.
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue e
Chikungunya, Sílvia Dinara, as formas de prevenção são idênticas para
ambas as doenças por elas serem transmitidas pelos mesmos vetores e que o
mais importante é evitar os criadouros, para impedir a ocorrência de
surtos. “Os profissionais de saúde do Hospital Giselda Trigueiro,
unidade de referência no Estado, já foram capacitados e todas as
informações sobre a notificação dos casos suspeitos estão sendo
repassadas para as secretarias de saúde dos municípios”, afirmou.
A diretora técnica do Programa, Cristiane Fialho, disse que o
material a ser divulgado contém as medidas necessárias para a prevenção
das duas doenças, Ela afirmou que, apesar dos 25 casos suspeitos
notificados, sendo 12 já descartados e outros 13 em investigação (11 em
Natal, um em Macaíba e um em Mossoró), não há motivo para pânico. No
país, conforme dados do Ministério da Saúde, já foram contabilizados 828
casos até o final de outubro.
Para ela, a população deve atuar de forma efetiva para impedir o
acúmulo de água parada em vasos de plantas, pneus velhos, garrafas,
caixas d’água ou outros objetos que possam atuar como depósito; manter
tonéis, barris e outros reservatórios bem fechados; lavar semanalmente
os tanques usados para armazenar água e não jogar lixo nas ruas ou
terrenos baldios também são medidas bastante eficazes para impedir a
reprodução e disseminação dos vetores.
“É uma enfermidade já existente em outros países e que chegou ao
Brasil há pouco tempo, mas as pessoas não precisam ficar assustadas
porque, mantendo os mesmos cuidados que temos para prevenir a dengue,
também podemos evitar a chikungunya, transmitida pelos mesmos mosquitos.
Manter a atenção redobrada é essencial para isso e é o que nós estamos
divulgando entre a população”, afirmou Cristiane
Na última semana, profissionais de saúde de diversos municípios
potiguares participaram de uma atualização técnica sobre a chikungunya e
o ebola. A preocupação é devido ao seu alto risco de epidemia, podendo
contaminar entre 35% e 75% da população ou mais ainda; a presença dos
vetores transmissores da doença no Estado e o fato dela estar presente
em todo o país.
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