quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

“Nós viramos mercadoria”, diz Leandro Farias, ativista da saúde pública que viu a noiva morrer num hospital

Foto: Leandro e a noiva Ana Carolina

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Leandro e a noivaLeandro Nascimento Farias testemunhou sua noiva morrer de infecção generalizada decorrente de uma apendicite no dia 17 de agosto de 2014, no Rio de Janeiro. Ana Carolina Cassino, de 23 anos, precisava fazer uma cirurgia em seis horas, que o hospital da Unimed concordou em assumir. Ela foi abandonada por 28 horas e faleceu. Para Leandro, o que aconteceu foi um “assassinato” e não um erro médico.
Leandro e Ana formaram-se em enfermaria e sabiam quais eram os procedimentos cirúrgicos corretos para tratar o problema de saúde dela. No entanto, sem o suporte médico, o casal ficou à mercê do destino trágico dentro.
Ele transformou sua dor em uma causa. Criou uma petição no site Avaaz que reuniu mais de 5 mil assinaturas para denunciar o crime para o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ), para Policia Civil, Ministério Público e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em setembro do ano passado.
A campanha digital evoluiu para a iniciativa “Chega de Descaso” em outubro de 2014, com protestos na frente da CREMERJ e de outras entidades ligadas ao setor da saúde. Leandro conseguiu apoio de celebridades do esporte como Anderson Silva e Vitor Belfort, além do dançarino Carlinhos de Jesus.
Todos eles apontam que o problema da saúde no Brasil não se restringe ao serviço público ou ao SUS. Planos privados como a Unimed também podem provocar tragédias por pura omissão de socorro.

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