Leandro
Nascimento Farias testemunhou sua noiva morrer de infecção generalizada
decorrente de uma apendicite no dia 17 de agosto de 2014, no Rio de
Janeiro. Ana Carolina Cassino, de 23 anos, precisava fazer uma cirurgia
em seis horas, que o hospital da Unimed concordou em assumir. Ela foi
abandonada por 28 horas e faleceu. Para Leandro, o que aconteceu foi um
“assassinato” e não um erro médico.
Leandro e Ana formaram-se em enfermaria e sabiam quais eram os
procedimentos cirúrgicos corretos para tratar o problema de saúde dela.
No entanto, sem o suporte médico, o casal ficou à mercê do destino
trágico dentro.
Ele transformou sua dor em uma causa. Criou uma petição no site Avaaz
que reuniu mais de 5 mil assinaturas para denunciar o crime para o
Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (CREMERJ),
para Policia Civil, Ministério Público e Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS) em setembro do ano passado.
A campanha digital evoluiu para a iniciativa “Chega de Descaso” em
outubro de 2014, com protestos na frente da CREMERJ e de outras
entidades ligadas ao setor da saúde. Leandro conseguiu apoio de
celebridades do esporte como Anderson Silva e Vitor Belfort, além do
dançarino Carlinhos de Jesus.
Todos eles apontam que o problema da saúde no Brasil não se restringe
ao serviço público ou ao SUS. Planos privados como a Unimed também
podem provocar tragédias por pura omissão de socorro.
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