O ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando Freire, condenado a
13 anos e quatro meses de prisão por desvio de recursos públicos, foi
preso na manhã deste sábado (25) na praia de Copacabana, no Rio de
Janeiro. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança
carioca (Seseg).
De acordo com a Seseg, Freire tinha quatro mandados de prisão
expedidos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. O ex-chefe do
Executivo estadual teria cometido os delitos no período entre fevereiro
e novembro de 2002, quando era vice-governador e governador do RN.
Segundo os autos do processo movido contra o ex-governador, constam
desvios de recursos públicos que contabilizam R$ 57.832,13, em valores
da época.
A forma de desvio foi através do pagamento de 83 cheques-salários em
favor de 14 parentes e correligionários do então vereador Pio
Marinheiro. Nenhum dos beneficiários era funcionário público ou guardava
qualquer vínculo funcional com o Estado, fazendo com os pagamentos não
tivesse respaldo legal.
Fernando Freire foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão, bem como 300 dias-multa. Ele estava foragido desde 2014.
Preso no Rio, ex-governador do RN era monitorado há duas semanas
O
ex-governador do Rio Grande do Norte Fernando Freire, preso na manhã
deste sábado (25) em Copacabana, no Rio de Janeiro, estava sendo
monitorado havia duas semanas. De acordo com a Secretaria de Estado de
Segurança (Seseg) do Estado Rio de Janeiro, ele foi capturado por
agentes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte).
Contra Freire há mandados de prisão preventiva expedidos pelos juízes
responsáveis pelas 4ª, 7ª e 8ª Varas Criminais de Natal. O
ex-governador foi levado para a 12ª DP (Copacabana). De acordo com a
delegada Thaiane Moraes, o ex-governador deverá permanecer na unidade
policial até segunda-feira (27). Segundo ela, a Polícia Civil precisa
que a Justiça do Rio Grande do Norte envie uma autorização para que ele
seja transferido.
Fernando Freire já havia sido preso anteriormente em 2007 quando foi
acusado pelo MPRN de estar “manobrando para impedir a realização do seu
interrogatório, evadindo-se do distrito da culpa”. O interrogatório do
qual ele é acusado de evitar diz respeito ao processo no qual foi
denunciado por suposto desvio de R$ 346.024,02 do Governo do Estado, em
maio de 2007.
O pedido de prisão preventiva foi feito pela Promotoria do Patrimônio
Público do Rio Grande do Norte em novembro de 2007, quando o membro do
MP informou à época que tentava ouvir o ex-governador desde 31 de agosto
daquele ano.
A ação que resultou na prisão do ex-governador contou com a
participação do serviço de inteligência da Secretaria de Estado da
Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sesed) que repassou
informações à Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Prejuízo de R$ 57,8 mil
As investigações apontaram que Freire cometeu desvio de dinheiro público entre fevereiro e novembro de 2002, quando foi vice-governador e, depois, governador do Rio Grande do Norte. O prejuízo estimado aos cofres públicos foi de R$ 57.832,13 em valores da época.
As investigações apontaram que Freire cometeu desvio de dinheiro público entre fevereiro e novembro de 2002, quando foi vice-governador e, depois, governador do Rio Grande do Norte. O prejuízo estimado aos cofres públicos foi de R$ 57.832,13 em valores da época.
De acordo com os autos do processo, Fernando Freire desviou recursos
públicos mediante o pagamento de 83 cheques-salários em favor de 14
parentes e correligionários do então vereador Pio Marinheiro,
contemplando-lhe interesses pessoais e político-eleitorais. No entanto,
os beneficiários não eram servidores públicos e não guardavam qualquer
vínculo funcional com o Estado e os pagamentos foram feitos sem qualquer
respaldo legal, realizados sempre sob a intermediação direta do réu.
A sentença da condenação é da 7ª Vara Criminal de Natal, assinada
pelo juiz José Armando Ponte Júnior, e determina que a pena seja
cumprida em regime fechado. Durante a ação penal, Freire não foi
encontrado e o magistrado ordenou a prisão preventiva do acusado. O
ex-governador foi ainda condenado a pagar metade das custas processuais.
G1RN/ Tribuna do Norte
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