Dinheiro supostamente desviado do Idema foi usado para comprar apartamentos de luxo, construir uma academia de alto padrão e reformar a loja de uma equipadora de veículos
O repórter secreto do Fantástico, Eduardo Faustini, está no RN
mergulhado no caso de desvio de R$ 19 milhões do IDEMA, denominado
“Operação Candeeiro”. A investigação realizada pelo MP/RN durou oito
meses.
A notícia afeta diretamente a ex-governadora Rosalba Ciarlini (PP),
porque aconteceu em seu governo. De acordo com o MP, os valores foram
desviados dos cofres do Idema entre os anos de 2013 e 2014.
Segundo matéria do G1/RN, divulgada há um mês, o esquema contava com a
participação de pessoas da Unidade Instrumental de Finanças e
Contabilidade do Idema em comunhão com o então diretor administrativo e
com auxílio de terceiros, estranhos ao órgão.
O site disse ainda que já tinham sido identificadas sete empresas
como beneficiárias do esquema ilícito de desvio de recursos públicos,
todas vinculadas a pessoas da Unidade Instrumental de Finanças e
Contabilidade.
Em outra matéria, o G1/RN apurou que o dinheiro supostamente desviado
do Idema foi usado para comprar apartamentos de luxo, construir uma
academia de alto padrão e reformar a loja de uma equipadora de veículos.
Esta pode se transformar no mais novo pesadelo do governo da Rosa que
já saiu do governo com reprovação de 95%. Atualmente, ela tenta se
livrar de processos que a impedem de ser candidata nas próximas
eleições.
O desvio de dinheiro do Idema, investigado pela Operação Candeeiro,
do Ministério Público Estadual (MPE), era feito por meio de uma conta
bancária oculta, sem conhecimento de órgãos de controle. A conta foi
criada pelo departamento financeiro do Idema, que estava ligado à Gudson
Johnson Giovany Reinaldo Bezerra, ex-diretor administrativo do
Instituto, apontado como o idealizador do esquema.
De acordo com o Ministério Público Estadual, a partir dessa conta
corrente, chamada de “conta mestre”, eram encaminhados recursos para a
APA Bonfim, uma conta desconhecida de onde eram efetuados os pagamentos
para as empresas envolvidas no esquema. Para que o dinheiro fosse
liberado, Gutson e Clebson Bezerra, diretor financeiro do Idema,
assinavam ofícios fantasmas para o Banco do Brasil.
As transferências não eram registradas no Sistema Integrado de
Administração Financeira do RN (SIAF), uma vez que não havia ligação
contratual entre o Idema e as empresas beneficiadas.
No total, R$ 19.321.726,13 foram desviados do órgão do Governo para
sete empresas. Segundo as investigações o dinheiro foi destinado a
diversos investimentos. As investigações apontaram que a academia Prime,
no conjunto Cidade Satélite, foi construída com os recursos desviados.
Além disso, dois ex-estagiários do Idema compraram uma equipadora
localizada no Midway Mall (Toreto Equipadora).
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