O presidente Jair Bolsonaro Foto: Adriano Machado / Reuters
Um grupo de hackers afirma ter acessado o banco de dados do Hospital
das Forças Armadas, onde o presidente Jair Bolsonaro teria feito seus
exames de coronavírus. No vazamento de dados, divulgados na noite da
quarta-feira (13), consta o registro de quatro exames realizados pelo
presidente entre junho de 2019 e janeiro de 2020, nenhum deles com
pseudônimo - ao contrário dos exames de Covid-19 que o presidente
realizou em março. Esse é o mesmo grupo que, no início da semana, vazou
dados de cerca de 200 mil oficiais do Exército.
Na quarta-feira, por determinação do ministro Ricardo Lewandowski,
o Palácio do Planalto divulgou três exames, realizados com três nomes
diferentes, que seriam do presidente Jair Bolsonaro. Os três atestam que
o presidente não estava infectado pelo novo coronavírus.
Os
responsáveis pelo ataque ao banco de dados alegam que fizeram isso em
protesto à forma como o governo brasileiro está lidando com o
coronavírus. O grupo, entretanto, não deixou claro como conseguiu acesso
aos dados. ÉPOCA apurou com pesquisadores da área que algumas
vulnerabilidades em sistemas do Exército estavam suscetíveis a ataques
há mais de três anos.
ÉPOCA questionou a Presidência da República
sobre a veracidade dos dados vazados e, se eles são são reais, o motivo
do presidente ter usado pseudônimos para realizar os exames para
Covid-19, ao contrário do que teria sido feito em outros quatro exames
desde o início de seu mandato, e por que o exame não estaria registrado,
como afirmam os hackers, no sistema do Hospital.
A Presidência não quis comentar.
Em
nota, o Exército afirmou que tem ciência do ocorrido e está
investigando as causas e os impactos do incidente. "Foram adotadas
providências imediatas para mitigar eventuais consequências. Fruto das
conclusões da investigação, serão desenvolvidas as ações técnicas e
legais necessárias".
*Com informações da Época
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