Por AGORA RN
Sem mandato a partir de 2019 e com influência reduzida no governo
federal, o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (MDB) e os senadores
Garibaldi Alves Filho (MDB) e José Agripino Maia (DEM), além dos
deputados federais Felipe Maia (DEM) e Walter Alves (MDB), contam com a
eleição de Carlos Eduardo Alves (PDT) para o Governo do Rio Grande do
Norte para ganhar uma espécie de sobrevida na política potiguar.
Primo de Henrique e Garibaldi e aliado político de Agripino, Carlos
Eduardo está no segundo turno contra Fátima Bezerra (PT). As pesquisas
apontam favoritismo para a petista, que já encerrou o primeiro turno na
frente, com 46,17% dos votos válidos, ante 32,45% obtidos pelo
adversário.
Seus aliados não tiveram êxito na eleição deste ano. Exceto Walter
Alves, que conseguiu ser reeleito para a Câmara Federal, Garibaldi
perdeu para o Senado; Agripino não conseguiu ser eleito deputado
federal; e Henrique, preso até o meio do ano, não concorreu a nenhum
cargo. Felipe Maia também não concorreu para dar lugar ao pai, Agripino,
que não teve sucesso.
Embora Carlos Eduardo não reconheça oficialmente, a expectativa entre os
aliados do pedetista é de que sua chegada ao Governo do Estado possa
levar para dentro da administração estadual indicados de Agripino,
Garibaldi e Henrique – que, sem mandato, teriam apenas órgãos do governo
estadual para “comandar”.
Em 2017, ao ser empossado para o quarto mandato à frente da Prefeitura
do Natal, Carlos Eduardo montou uma equipe de auxiliares levando em
conta indicações dos três aliados. O secretário de Habitação,
Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes, Carlson Gomes, por
exemplo, foi indicação de José Agripino. Na gestão da ex-governadora
Rosalba Ciarlini, ele já tinha sido indicado pelo senador para o Ipem.
O MDB de Garibaldi e Henrique, por sua vez, sugeriu a Carlos Eduardo –
que acatou – os nomes de Fred Queiroz para a Secretaria de Obras,
Cristiane Alecrim para o Turismo e Cláudio Porpino para a Urbana. Além
disso, o partido indicou o vice-prefeito, Álvaro Dias, que assumiu
definitivamente o cargo em abril, com a renúncia de Carlos Eduardo para
disputar o Governo do Estado.
Questionada sobre o assunto, a assessoria de Carlos Eduardo classificou a
informação como uma “provocação” e aproveitou para alfinetar a
adversária no segundo turno, perguntando qual seria a participação do
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-ministro dos governos
petistas José Dirceu, condenados por corrupção, em uma eventual gestão
de Fátima Bezerra.
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