terça-feira, 30 de junho de 2020

Decotelli apresenta carta de demissão a Bolsonaro


Cinco dias após ser nomeado Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli entregou na tarde desta terça-feira (30) uma carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro. Segundo a analista Renata Agostini, da CNN Brasil, a expectativa é de que o presidente aceite esse pedido de demissão, mas espera anunciá-la junto com um novo ministro.
A demissão foi a maneira encontrada pelo governo para encerrar a crise criada após a revelação de falsidades no currículo de Decotelli. 
A passagem do economista pelo cargo tem sido marcada pelos questionamentos de inconsistências nas informações acadêmicas prestadas por Decotelli na plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ).
Acusações de plágio na dissertação de mestrado, omissões e informações falsas no currículo do novo ministro criaram um mal-estar no Palácio do Planalto e rumores de que houve fragilidade da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), órgão ligado ao GSI. Auxiliares defendiam que um pente-fino deveria ser feito antes de qualquer nomeação.
Na última semana, Decotteli fez atualizações no Lattes. A mais recente, nessa segunda-feira (29) trouxe a alteração para “projeto de pesquisa” do trabalho submetido à Bergische Universitat Wuppertal (Alemanha), que antes havia sido identificado como “pós-doutorado”. 
A mudança ocorreu após a segunda contestação feita por uma instituição de ensino estrangeira ao currículo de Decotelli na Plataforma Lattes, que registra as atividades acadêmicas de professores e pesquisadores no Brasil.
Na sexta-feira, a Universidade Nacional de Rosario (Argentina) divulgou que ele não recebeu o título de doutor – cursou as disciplinas e cumpriu os créditos exigidos, mas sua tese foi reprovada em uma primeira análise e ele não voltou a submeter o trabalho à banca. Naquele dia, o economista alterou o registro, incluindo a afirmação “Sem defesa de tese” no lugar do nome de quem deveria ter sido seu orientador, o pró-reitor da Fundação Getulio Vargas (FGV), Antonio de Araújo Freitas Junior. 
Em resposta à CNN, a Universidade de Wuppertal afirmou que Decotelli nunca obteve nenhum certificado pela instituição e não recebeu bolsas ou qualquer tipo de suporte financeiro. "Ele não era um pós-doutor na BUW (sigla da universidade)", disse uma porta-voz da universidade. De acordo com a instituição, ele conheceu uma professora da Wuppertal no Brasil e, a partir deste contato, foi à universidade para produzir uma pesquisa, mas sem nenhum vínculo. "Ele não deu aulas e não obteve nenhum certificado em nossa universidade", diz o texto enviado à CNN.

Filha é presa após matar mãe a marretadas e facadas em Natal; “Desde sábado que eu cheiro”

 
Uma mulher foi presa após matar a própria mãe a marretadas e facadas na manhã desta terça-feira (30). O crime aconteceu nas proximidades do cemitério no bairro Bom Pastor, na Zona Oeste de Natal.
Em vídeo que circula pelas redes sociais, a jovem revela ter cometido o crime e diz que estava sob efeito de drogas. De acordo com o relato, desde o sábado (27) ela usava cocaína.
"Matei minha mãe com quatro marteladas e ainda dei duas facadas na cabeça dela. Não sei por qual motivo a matei. Eu cheirei pó ontem e hoje. Desde sábado que eu cheiro", contou.
A jovem falou que cometeu o crime por medo que sua mãe revelasse um segredo seu e temia ser morta ou torturada por uma facção criminosa.
"Eu pensei que ela ia contar algo que meu ex-namorado não tinha visto e a facção ia me torturar e me matar", disse a garota.

AgoraRN

Pressão interna aumenta, e Bolsonaro quer que Decotelli peça demissão


Apesar de ter recebido a sinalização de que deve permanecer no cargo, o recém-nomeado ministro da Educação, Carlos Decotelli, envolveu-se em uma nova polêmica, o que, para auxiliares presidenciais, tornou sua situação praticamente insustentável.
Em nota divulgada na noite de segunda-feira (29), a FGV (Fundação Getúlio Vargas) negou que o economista tenha sido professor ou pesquisador da instituição. A informação constava em seu currículo, inclusive no texto divulgado pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) quando assumiu a presidência do fundo em fevereiro do ano passado.
A nova controvérsia irritou o presidente Jair Bolsonaro, segundo assessores. A permanência de Decotelli à frente da pasta foi debatida na manhã desta terça pelo presidente. Depois da nota da FGV, uma ala do Palácio do Planalto acredita que Bolsonaro pode tomar uma decisão sobre a saída do ministro até o final do dia.
Segundo assessores palacianos, no encontro entre Bolsonaro e Decotelli no final da tarde de segunda-feira (29), o presidente cobrou explicações do ministro. De acordo com relatos feitos à reportagem, ele não citou a questão da FGV, porém.
Decotelli atuou, de acordo com a FGV, apenas nos cursos de educação continuada, nos programas de formação de executivos e não como professor de qualquer das escolas da Fundação. "Da mesma forma, não foi pesquisador da FGV, tampouco teve pesquisa financiada pela instituição", diz a nota da instituição.
Para militares palacianos, a omissão foi considerada uma quebra de confiança, o que levou aliados tanto do presidente como do ministro a defenderem que ele peça demissão do cargo, evitando causar mais desgastes à imagem do governo.
Na noite de segunda-feira (29), Bolsonaro escreveu em rede social que "Decotelli não pretende ser um problema para a sua pasta (governo), bem como está ciente de seu equívoco", num sinal de que não garantiria sua permanência no cargo e de que o ministro sabe da crise que criou.
Constava no currículo de Decotelli um doutorado pela Universidade Nacional de Rosario, da Argentina, mas o reitor da instituição, Franco Bartolacci, negou que ele tenha obtido o título, informação antecipada pela Folha de S.Paulo. Há ainda sinais de plágio na sua dissertação de mestrado.
Além disso, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, informou que o novo ministro não possui título da instituição, ao contrário do que constava em seu currículo, que mencionava pesquisa de pós-doutorado.
Com a série de polêmicas, Decotelli perdeu apoio inclusive entre quem o respaldava antes. Após as seguidas contestações ao seu currículo, aliados do ministro estão constrangidos em defendê-lo.
No Palácio do Planalto, porém, há um receio sobre a repercussão de uma exoneração.
A preocupação é de que uma decisão do presidente possa fomentar uma crítica pelo fato de Decotelli ser o primeiro ministro negro da atual gestão. Por isso, a saída considerada ideal seria um pedido de demissão.
Apesar da nova polêmica, o presidente ainda não bateu o martelo. Para outro grupo de assessores palacianos, Bolsonaro pode deixar o ministro por mais tempo para não gerar o desgaste de mais uma baixa em sua equipe em pouco tempo e durante a pandemia do coronavírus.
Nesta terça-feira (30), o vice-presidente Hamilton Mourão disse à Folha de S.Paulo que as polêmicas sobre o currículo do novo ministro não são graves. Ele ressaltou que Decotelli é um bom nome, mas que cabe a Bolsonaro definir se tem confiança no trabalho do ministro.
"Isso não é grave. Lembramos que tivemos uma presidente que tinha um currículo furado, que ela dizia também que era doutora e não tinha passado nem na esquina", disse o general, em uma referência a ex-presidente Dilma Rousseff.
Apesar de o presidente não ter tomado uma decisão, ele pediu a deputados e assessores que indiquem nomes de possíveis substitutos. E fez uma solicitação: que os currículos dos nomes cotados sejam minuciosamente checados.
Para o cargo, voltaram a ser cogitados o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, o ex-assessor do Ministério da Educação Sérgio Sant'Ana e o conselheiro do CNE (Conselho Nacional de Educação) Antonio Freitas, que é pró-reitor na FGV e cujo nome aparecia como orientador do doutorado não realizado por Decotelli.
Os três têm apoio do chamado núcleo ideológico, mas Sant'Ana tem ligação mais estreita com seguidores do escritor de Olavo de Carvalho. Sant'Ana tem forte relação com o setor privado de ensino superior e, antes de ingressar no MEC, advogada para grupos educacionais.
O nome do professor Gilberto Garcia também surge como opção. Garcia foi presidente do CNE, reitor da Universidade Católica de Brasília e da Universidade São Francisco (SP), onde leciona atualmente.
Colabora com a campanha a favor de Garcia o fato de ele ser pardo e frei, além de contar com boa articulação com o setor educacional e com políticos.
Com um contraponto, o núcleo militar passou a defender também o nome do professor Marcus Vinicius Rodrigues, ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), que ajudou na transição do governo.
Com a possibilidade de uma mudança, deputados e senadores passaram a apoiar que a pasta seja comandada por um parlamentar. O nome favorito no Poder Legislativo é o do senador Rodrigo Pacheco (DEM-RO).
Continua no páreo o presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior), Benedito Aguiar, que é evangélico e tem apoio de parlamentares religiosos.

Por Folhapress 


Governo recua e quer estender auxílio em duas parcelas de R$ 600


O presidente Jair Bolsonaro anuncia nesta terça-feira (30) a prorrogação do auxílio emergencial e, segundo membros do governo, o Executivo caminha para conceder mais duas parcelas de R$ 600.
Fontes afirmam que a decisão vai em direção a esse desfecho devido à facilidade de a proposta ser executada sem passar pelo Congresso, já que o governo não precisaria enviar um novo texto aos parlamentares.
A lei que instituiu o auxílio concedeu ao Executivo a possibilidade de renovar o benefício se os valores forem mantidos e a proposta inicial era de o auxílio ser concedido durante três meses, por R$ 600.
A decisão de manter o valor por mais dois meses será diferente daquela anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro Paulo Guedes (Economia) na última quinta-feira (25). Eles informaram em live que deveria haver uma prorrogação do auxílio por mais três meses em parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300.As discussões foram tomadas por idas e vindas e, nesta terça, Guedes chegou a falar em uma prorrogação maior, de três meses.
"Demos os três meses iniciais e estendemos agora porque ela [pandemia] não começou a descer ainda. Estendemos por mais três meses, mas acreditamos que realmente ela vá descer nesses próximos três meses", disse.
Ele sinalizou que o grau de contaminação do coronavírus pode levar a uma extensão ainda maior da medida. "Se não descer [a pandemia], lá vamos nós pensar de novo em quanto tempo mais teremos que segurar o fôlego", disse.
Guedes evitou detalhar os valores da prorrogação dizendo que o anúncio caberá ao presidente. "Não quero me alongar muito sobre isso exatamente porque o presidente vai falar sobre isso daqui a pouco. Mas como a pandemia continua nos assombrando, nós vamos estender essa cobertura", afirmou.
Essa é a medida anticrise que mais demanda recursos do Tesouro Nacional. Inicialmente, o governo estimou que o programa alcançaria 54 milhões de pessoas ao preço de R$ 98 bilhões aos cofres públicos.Depois, o impacto subiu para mais de R$ 120 bilhões para os três meses originalmente estimados diante da forte demanda.

FOLHAPRESS

Nelter quer saber onde foram adquiridas e qual valor pago nas máscaras doadas pelo Governo do RN durante pandemia

 
Nelter quer saber onde foram adquiridas e qual valor pago nas máscaras doadas pelo Governo do RN durante pandemia

O deputado estadual Nelter Queiroz (MDB), que estava afastado de suas atividades parlamentares em decorrência da COVID-19, voltou a participar das sessões remotas da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte nesta terça-feira (30).

Durante a sessão, o parlamentar oficializou pedido de informações ao Governo do Rio Grande do Norte sobre 2,2 milhões de máscaras de proteção que foram doadas à população neste momento de pandemia. Os valores pagos e o local que as máscaras foram compradas são as principais indagações de Queiroz.

“Comprou onde e qual foi o valor pago”, indagou o deputado por diversas vezes durante seu pronunciamento. A preocupação de Nelter Queiroz se dá pela dificuldade vivida pelo empresariado têxtil potiguar, principalmente o da região seridó, que investiu na confecção de máscaras e não contou com apoio e parceria do Governo do Estado para aquisição destas.

Ainda em seu pronunciamento, o parlamentar cobrou mais transparência da governadora Fátima Bezerra (PT), principalmente no tocante aos recursos gastos no combate à COVID-19 e criticou a participação do Estado do Rio Grande do Norte no Consórcio Nordeste.



Bolsonaro é aconselhado a trocar mais ministros


O presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado por auxiliares e parlamentares a ampliar sua "agenda positiva" na relação com outros Poderes e substituir os ministros Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores. Embora contem com o apreço do presidente e do núcleo ideológico, os dois são considerados problemáticos por integrantes do próprio governo e vistos como entraves para o avanço de acordos comerciais internacionais.
A condução da política ambiental de Salles é apontada como um empecilho para acordos comerciais bilaterais e, até mesmo, para que o País receba investimentos externos. Na semana passada, um grupo formado por quase 30 fundos de investimento com US$ 3,7 trilhões exigiu que o Brasil freie o crescente desmatamento no País.
Já o caso de Ernesto Araújo, alinhado ao guru ideológico Olavo de Carvalho, é mais delicado e o motivo é a necessidade de alguém mais pragmático à frente do Itamaraty. Numa conversa neste fim de semana com um integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), um ministro de Bolsonaro disse que o chanceler se inviabilizou na função, apesar de contar com o apoio dos filhos do presidente. É a mesma situação do ex-ministro Abraham Weintraub.
Nesta segunda-feira, 29, em uma reunião no gabinete da Vice-Presidência, o governo discutiu a estratégia de reação às cobranças internacionais. Está prevista para a próxima semana uma reunião com integrantes de alguns dos signatários da carta que pediram um freio no desmatamento. Além do vice Hamilton Mourão, de Salles e de Araújo, participaram a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Apex, Sérgio Segovia.
Havia um grupo que defendia que Salles ficasse de fora da conversa com investidores, mas a reunião nesta segunda definiu que o ministro do Meio Ambiente participará e fará a defesa da agenda de pagamento de serviços ambientais, enquanto que a Mourão caberá explanar sobre o Conselho da Amazônia e as ações de fiscalização. Já ministra Tereza Cristina defenderá a regularização fundiária, e Araújo falará das relações comerciais envolvendo Mercosul e União Europeia.
As queixas de parlamentares sobre a atuação de Salles e Araújo têm chegado a Mourão. O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), da Frente Ambientalista, tem sido um porta-voz da insatisfação. "Ele (Salles) perdeu credibilidade para estar à frente do Ministério do Meio Ambiente. Foram vários pedidos de impeachment protocolados, inclusive da sociedade civil. Já fez o Brasil passar vergonha demais. Está na contramão da história, infelizmente", afirmou ele ao Estadão.
Também integrante da bancada ruralista e líder do Solidariedade na Câmara, o deputado Zé Silva (MG) é outro que levou ao governo a preocupação com o atual cenário. "Os sinais dos compradores do agro brasileiro e do mercado financeiro acedem um sinal amarelo em relação à administração das políticas ambientais do País", disse.
A Câmara tenta acelerar a votação de projetos ambientais, diante de críticas internacionais sobre a gestão do setor no governo brasileiro. A ideia é dar sinais positivos para acalmar investidores estrangeiros, principalmente do agronegócio.
Em um acordo entre ambientalistas e ruralistas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pautou para essa semana a votação do Protocolo de Nagoya. "É o mais importante regulamento da Convenção de Biodiversidade. O Brasil ajudou a escrever o documento, assinou, mas nunca ratificou. Ficou parado de anos", afirmou o deputado Rodrigo Agostinho.
Contrapartida
A votação é uma das respostas do Parlamento sobre a questão ambiental. A contrapartida seria a substituição de Salles. O ministro é alvo de um pedido de impeachment feito por deputados. Desde sua fala revelada no vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que diz querer "aproveitar esse período de pandemia para passar a boiada" e simplificar as normas ambientais por decreto, o incômodo com a permanência de Salles no governo, por parte de empresários e da oposição, aumentou.
O ministro se defende e diz que é normal haver críticas à uma postura "mais econômica" sobre o meio ambiente. Segundo ele, a pasta tem "uma visão muito clara de que é preciso dar valor econômico ao ativo florestal brasileiro". "Trazer recursos financeiros para remunerar a floresta em pé, os serviços ambientais e para ter instrumentos que tragam prosperidade para as pessoas melhorarem de vida e com isso respeitarem mais o meio ambiente", afirmou Salles.
Para o ministro, as críticas são algo normal. "Que vai haver pressão política contra a visão do governo, contra essa postura mais econômica de dar destinação sempre vai haver, a política é assim. É normal", disse ele. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

SANTANA DO MATOS REGISTRA 48,97%, DE ISOLAMENTO SOCIAL, ENQUANTO ITAJÁ TEM SEU MENOR NUMERO 34,12%.


Captura de tela da plataforma de monitoramento da In Loco — Foto: Reprodução

O nosso blog continua acompanhando a taxa de isolamento social registrada em Santana do Matos, o percentual aos poucos vem crescendo na última sexta-feira era de 42,69%, já na manhã desta terça-feira mostra 48,97%, tendo Santana do Matos ficado em primeiro lugar entre as cidades que fazem limites com o município, já a menor taxa de isolamento, entres estes municípios  está em Itajá com 34,12%.

Vejam os números dos municípios que fazem fronteira com Santana do Matos.

01º Santana do Matos com  48,97%
02° Fernando Pedroza com 48,86%
03° Cerro Corá com 48,41%
04° Jucurutu com 46,43%
05° Florânia com 45,67%
06° Lajes com 43,53%
07° São Rafael com 42,43%
08° Bodó com 42,03%
09° Angicos com 41,97%
10° Lagoa Nova 39,82%
11° São  Vicente 36,63%
12º Tenente Laurentino Cruz 34,54%
13° Itajá com 34,12%

Lembrando que o índice continua abaixo da média. É o que revela o mapa elaborado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (LAIS/UFRN). Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a taxa ideal é de 70%. ip

SP: Datena desiste oficialmente de concorrer nas eleições 2020

O jornalista José Luiz Datena, filiado ao MDB, deu "bom dia" aos seus ouvintes na Rádio Bandeirantes às 10h desta terça-feira, 30. Com isso, ele desiste oficialmente de concorrer nas eleições municipais deste ano. Isso porque, caso quisesse disputar o cargo de prefeito ou de vice-prefeito de São Paulo, como chegou a cogitar, ele teria que encerrar suas atividades no rádio e na televisão até ontem, prazo final estipulado pelas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mesmo com o adiamento da data da eleição, em discussão na Câmara dos Deputados, este prazo não deve mudar. Segundo o texto aprovado no Senado, as prorrogações valerão apenas para os que ainda não venceram, e não atinge os já vencidos. Deputados, porém, ainda podem alterar a proposta antes de aprová-la.
Até pouco antes de entrar no ar, Datena dizia ainda estar em dúvida. No entanto, ele já tinha avisado ao partido que a tendência era não se lançar candidato neste ano, alegando a dificuldade de fazer campanha em meio à pandemia do coronavírus. O Estadão apurou que a pressão da grupo Bandeirantes, onde Datena é o principal apresentador, pesou na decisão.
"O projeto inicial sempre foi Senado 2022. Datena é e sempre será um nome forte em São Paulo", disse Baleia Rossi, presidente nacional do MDB. Uma das possibilidades era o apresentador concorrer como vice na chapa do atual prefeito, Bruno Covas (PSDB).
Com um histórico de desistências na corrida eleitoral, o jornalista, ao se filiar ao MDB em 4 de março, disse que tudo indicaria que sairia candidato. "Dessa vez, eu acho que vou mesmo (sair candidato), difícil não ir, porque senti que tenho condição de colaborar", afirmou ao Estadão.
Em fevereiro, Datena já tinha admitido em entrevista ao jornal que poderia ser vice de Covas e, na ocasião, marcou posição tentando se distanciar do presidente Jair Bolsonaro, que o queria como candidato em São Paulo. "Eu já tive um contato com ele (Bolsonaro) dizendo que ele está completamente liberado de me apoiar. Ele pode apoiar outra pessoa. Ele está liberado disso", afirmou na época.
Em abril, em outra entrevista ao Estadão, Datena admitiu pela primeira vez que poderia não participar das eleições, diante das mortes e da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. "Não é minha prioridade, estou vendo tanta gente morrer, tanta gente passando fome, que não é minha prioridade. Estou vendo que meu papel como jornalista está sendo importante para ajudar as pessoas. Eu não sei se seria o momento de parar agora", disse o apresentador na ocasião.
Na época, ele indicou que poderia adiar a entrada na vida política para concorrer ao Senado em 2022, que era sua pretensão inicial ao se filiar ao MDB. "Hoje não me faria falta a eleição. Sei lá, talvez eu aguarde para mais tarde para o Senado, o que eu sempre quis", afirmou.

NASA se prepara para mudar órbita de asteroide próximo à Terra pela primeira vez


Em dois anos, a NASA demonstrará sua tecnologia de deflexão [alteração ou desvio da posição natural] de asteroides no recém-nomeadp Dimorphos, uma lua orbitando o asteroide Didymos, próximo à Terra. Essa será a primeira demonstração em escala real da agência, desse tipo de tecnologia em nome da defesa planetária.
Dimorphos recebeu esse nome na semana passada (22), bem em tempo de refletir sobre a importância de compreender a ameaça dos asteroides próximos à Terra. De acordo com a NASA, o projeto busca a uma colisão com o corpo celeste para alterar o movimento do asteroide no espaço. 
Objetos próximos ao planeta são asteroides e cometas cujas órbitas alcançam 30 milhões de km de distância da Terra.
Nesta terça-feira (30) comemora-se o Dia Internacional do Asteroide, relembrando o maior impacto causado por eles, registrado na Terra, enquanto se reafirma o perigo real de colisão de outros corpos com o planeta.
Em 1908, um poderoso asteroide atingiu o rio Podkamennaya Tunguska em uma remota floresta siberiana da Rússia. O evento destruiu aproximadamente 1994 km² de árvores e florestas, o que equivale ao tamanho de três quartos do estado norte-americano de Rhode Island. O impacto jogou as pessoas no chão em uma cidade a 64 km de distância do ocorrido.
Em 2013, um asteroide entrou na atmosfera da Terra sobre a região de Chelyabinsk, na Rússia. Ele explodiu no ar, liberando 20 a 30 vezes mais energia do que as primeiras bombas atômicas, gerando um brilho maior do que o sol e exalando calor. Danificou mais de 7 mil edifícios e feriu mais de mil pessoas. O choque quebrou janelas a 93 km de distância do ocorrido. Na época, o asteroide não chegou a ser detectado, pois veio da mesma direção da luz solar.
Esse tipo de fenômeno explica por que os astrônomos e o grupo do Dia do Asteroide querem que as pessoas estejam cientes do assunto. Detectar a ameaça de objetos próximos à Terra , que podem causar sérios danos ao planeta, é o foco principal da NASA e de outras organizações espaciais ao redor do mundo.
E em 2022, a NASA testará sua tecnologia de deflexão de asteroides para ver como isso afeta o movimento de um asteroide próximo à Terra no espaço.
Didymos e Dimorphos
Há duas décadas, um sistema binário envolvendo um asteroide próximo à Terra tinha uma lua em órbita, apelidada de Didymos. Em grego, Didymos significa "gêmeo", termo que foi usado para descrever como o asteroide maior, com quase 800 m de diâmetro, é orbitado por uma lua menor com cerca de 160 m de diâmetro. Naquela época, esta lua era conhecida como Didymos b.
No entanto, quando o sistema binário tornou-se alvo da missão do Teste de Redirecionamento de Duplo Asteroide da NASA, em 2022, ou DART, era hora desta lua obter um nome oficial.
Na semana passada (22), a União Astronômica Internacional nomeou oficialmente a lua de Dimorphos. O cientista planetário Kleomenis Tsiganis, da Universidade Aristóteles de Thessaloniki [na Grécia], membro da equipe do DART, foi quem sugeriu o nome.
"Dimorphos, que significa 'duas formas', reflete o status desse objeto como o primeiro corpo celeste a ter a 'forma' de sua órbita significativamente alterada pela humanidade - neste caso, pelo impacto do DART", disse Tsiganis. "Sendo assim, será o primeiro objeto a ser conhecido pelos seres humanos por duas formas muito diferentes: a que foi vista pelo DART – antes do impacto; e a outra vista pela Hera da Agência Espacial Europeia, alguns anos depois".
No final de 2022, Didymos e Dimorphos estarão relativamente próximos da Terra a cerca de 1 bilhão de km de nosso planeta – o momento perfeito para a missão DART.
De acordo com a NASA, o DART deliberadamente colidirá com Dimorphos para alterar o movimento do asteroide no espaço. Essa colisão será registrada pelo LICIACube, um membro do CubeSat – ou satélite de cubo – fornecido pela Agência Espacial Italiana. O CubeSat viajará no DART e será implantado a partir dele antes do impacto, a fim de registrar a colisão.
"Os astrônomos poderão comparar as observações pelos telescópios terrestres antes e depois do impacto cinético do DART, para determinar quanto o período orbital do Dimorphos mudou", falou em comunicado o cientista do programa DART, na sede da NASA, Tom Statler. "Essa é a medida chave que nos dirá como o asteroide respondeu ao nosso esforço de deflexão".
Alguns anos após o impacto, a missão Hera, da Agência Espacial Europeia, conduzirá uma investigação de acompanhamento de Didymos e Dimorphos.
Embora a missão DART tenha sido desenvolvida para o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA e gerenciada pelo Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, a equipe da missão trabalhará com a equipe da Hero em uma colaboração internacional conhecida como Avaliação de Impacto e Deflexão de Asteroides, ou AIDA.
"O DART é o primeiro passo no teste de métodos para desvios perigosos de asteroides", disse em comunicado Andrea Riley, executiva do programa DART, na sede da NASA. "Asteroides potencialmente perigosos são uma preocupação global e estamos entusiasmados por trabalhar com nossos colegas italianos e europeus para coletar os dados mais precisos possíveis desta demonstração de deflexão cinética".
Primeira missão 
O Dimorphos foi escolhido para esta missão porque seu tamanho é relativo aos asteroides que podem representar uma ameaça para a Terra.
O DART colidirá com Dimorphos, movendo-se a aproximadamente 23,8 mil km/h. Uma câmera instalada no DART, chamada DRACO, junto de um software de navegação autônomo, ajudarão a sonda a detectar e colidir com o Dimorphos.
Esse rápido impacto só altera a velocidade de Dimorphos, pois orbita Didymos em 1%, o que não soa muito relevante, mas altera o período orbital desta lua em alguns minutos. Essa mudança pode ser observada e medida a partir de telescópios terrestres. Também será a primeira vez em que os seres humanos alteram a dinâmica de um corpo do sistema solar de maneira mensurável, segundo a Agência Espacial Européia.
A janela de lançamento do DART abre em julho de 2021 com o impacto esperado em 2022.
Três anos após o impacto, Hera chegará para estudar Dimorphos em detalhes, medindo as propriedades físicas da lua, estudando o impacto do DART e de sua órbita.
Pode parecer muito tempo entre o impacto e o acompanhamento, mas o estudo está baseado nas lições aprendidas no passado.
Em julho de 2005, a sonda Deep Impact, da NASA, lançou um objeto de impacto de cobre de cerca de 370 kg em um cometa Tempel 1. Mas a sonda não conseguiu ver a cratera resultante, porque o impacto liberou toneladas de gelo e poeira. No entanto, a missão Stardust da NASA, em 2011, foi capaz de caracterizar o evento: um corte de 150 m.
Juntos, os valiosos dados coletados pelo DART e pelo Hero contribuirão para as estratégias de defesa planetária, especialmente para entender que tipo de força é necessária para mudar a órbita de um asteroide próximo à Terra e que pode colidir com o nosso planeta.

(Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

Transmissibilidade da covid-19 do RN registra queda, aponta balanço do comitê científico estadual


O Coordenador do LAIS, Ricardo Valentim, participou, no início da tarde desta segunda-feira (29), da entrevista coletiva sobre as ações do Governo do Estado para enfrentar à covid-19.
Segundo o professor, a taxa de transmissibilidade da covid-19 está em queda no estado, há duas semanas, ficando próxima a 1. Ou seja, uma pessoa infectada transmite para apenas uma pessoa.
Um outro ponto destacado por Ricardo Valentim, que também é integrante do Comitê Científico para enfrentamento à covid-19 no RN, foi a redução nas solicitações, no período de seis dias, das Unidades de Pronto Atendimento por novas vagas de UTI. “Ainda tem uma quantidade significativa, mas ela vem reduzindo de maneira gradual”, explicou o cientista.
Mesmo com esse cenário de dados considerados positivos, o coordenador do LAIS reforçou que ainda é preciso manter a vigilância quanto ao isolamento social para o retorno a uma nova normalidade com mais segurança.
Participaram ainda da entrevista coletiva Carlos Eduardo Xavier, secretário de Tributação do RN, e Petrônio Spinelli, secretário adjunto de Saúde Pública do RN.

Vacina de Oxford pode ser distribuída este ano, diz Astrazeneca


A vacina contra o covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, com testes no Brasil, poderá ficar disponível à população ainda este ano. A afirmação foi feita por Maria Augusta Bernardini, diretora-médica do grupo farmacêutico Astrazeneca. O grupo anglo-sueco participa das pesquisas da universidade inglesa em parceria com Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Esperamos ter dados preliminares quanto a eficácia real já disponíveis em torno de outubro, novembro”, disse Bernardini. Segundo ela, apesar de os voluntários serem acompanhados por um ano, existe a possibilidade de distribuir a vacina à população antes desse período.
“Vamos sim analisar, em conjunto com as entidades regulatórias mundiais, se podemos ter uma autorização de registro em caráter de exceção, um registro condicionado, para que a gente possa disponibilizar à população antes de ter uma finalização completa dos estudos”, acrescentou, destacando que os prazos podem mudar de acordo com a evolução dos estudos.
Segundo ela, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem se mostrado disposta a colaborar. A vacina está atualmente na fase três de testes. Isso significa, de acordo a Unifesp, que a vacina se encontra entre os estágios mais avançados de desenvolvimento. O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e um dos motivos que levaram à escolha foi o fato de a pandemia estar em ascensão no país.
“O Brasil é um grande foco de crescimento, de mortalidade, o que nos coloca como ambiente propício para demonstrar o potencial efeito de uma vacina. Para isso precisamos ter o vírus circulante na população e esse é o cenário que estamos vivendo”, disse Bernardini. Ela participou, nesta segunda feira (29), de uma conversa, transmitida ao vivo pela internet, com o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan.
A diretora-médica da Astrazeneca também destacou que a atuação de pesquisadores brasileiros em Oxford e sua reputação foi outro fator influenciador para trazer a pesquisa para o Brasil. “Isso fortaleceu a imagem a reputação científica do Brasil, além de facilitar, trazer com agilidade o estudo em termos de execução”.
Segundo ela, a vacina de Oxford tem vantagem sobre outras em desenvolvimento no mundo pois, além de usar uma plataforma já conhecida e testada em vírus como Mers e Ebola, funcionaria com uma dose única. “Estamos desenvolvendo uma vacina em dose única. É um diferencial. […] Outro diferencial que temos é que sabemos que potencial da geração de anticorpos é muito forte, muito positivo”.

Com informações da Agência Brasil

Bolsonaro deve anunciar mais duas parcelas de R$ 600 no auxílio emergencial


O presidente Jair Bolsonaro fará nesta quarta-feira o anúncio oficial da prorrogação do auxílio emergencial de R$ 600 pago aos trabalhadores informais, autônomos, desempregados, além dos beneficiários do Bolsa Família.
Segundo integrantes do governo, a tendência é que Bolsonaro anuncie mais duas parcelas mensais de R$ 600, totalizando R$ 1.200 porque este é o valor definido na lei que criou o auxílio.
O próprio presidente chegou a sugerir mais três parcelas nos valores de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, de forma a reduzir gradualmente a ajuda do governo federal para os mais necessitados durante a crise na economia causada pela pandemia do novo coronavírus. Na prática, o valor somado dessas três parcelas daria a mesma quantia de R$ 1.200.
O martelo vai ser batido em reunião com o presidente e as áreas envolvidas na manhã desta quarta-feira. Para interlocutores, a escolha pelas duas parcelas, além de cumprir o que está na lei, contaria com apoio do Congresso Nacional, que sempre defendeu mais duas parcelas de R$ 600.
A lei que criou o auxílio foi de iniciativa do Congresso e prevê três parcelas mensais de R$ 600. Inicialmente, a equipe econômica propôs um voucher de R$ 200. Os senadores elevaram o valor para R$ 300 e os deputados por sua vez para R$ 500. Na última hora, Bolsonaro subiu o valor para R$ 600.
O impacto nas contas públicas até agora está estimado em cerca de R$ 150 bilhões. Com a prorrogação, o gasto subirá mais R$ 100 bilhões.

O GLOBO

Mãe de Miguel sobre encontrar ex-patroa: 'Não mostrou arrependimento'


Mirtes Renata de Souza, mãe do garoto Miguel Otávio de Santana, 5, que morreu no dia 2 de junho após cair do 9º andar de um prédio no Recife, se encontrou na manhã desta segunda-feira (29) com a ex-patroa.
"Ela não demonstrou arrependimento nenhum", declarou, após falar com Sarí Gaspar Côrte Real, que prestou depoimento na delegacia de Santo Amaro, na zona norte do Recife.
Mirtes disse que ouviu absurdos e chamou a ex-patroa de fria e calculista. "A cara dela mostra isso", afirmou.
Na tarde do dia 2 de junho, Miguel estava aos cuidados de Sarí, enquanto Mirtes, que trabalhava como empregada doméstica, passeava com a cadela da ex-patroa.
A Polícia Civil de Pernambuco prendeu Sarí em flagrante por homicídio culposo após ela deixar Miguel sozinho no elevador, de onde ele se deslocou até um andar mais alto, escalou um buraco de ar condicionado, caiu e morreu.
Ela foi liberada no mesmo dia depois de pagar fiança no valor de R$ 20 mil.
Na manhã desta segunda-feira, ao ser informada que Sarí estava na delegacia prestando depoimento, Mirtes resolveu ir até o local.
Com a foto do filho nas mãos, se posicionou em frente ao carro no qual a ex-patroa chegou à delegacia. Afirmou que iria esperar ela sair porque precisava dizer algumas verdades.
Em pouco tempo, moradores do entorno da delegacia se uniram aos familiares da criança para pedir justiça. Os policiais civis isolaram o local para evitar que as pessoas entrassem na delegacia.
Um esquema especial foi montado pela Polícia Civil de Pernambuco. Sarí Côrte Real chegou à delegacia de Santo Amaro pouco antes das 6h acompanhada de advogados e do marido, o prefeito do município de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB). Ela foi ouvida pelo delegado Ramon Teixeira.
Mirtes questionou o fato de a ex-patroa ter sido ouvida antes do horário normal de abertura da delegacia. Disse que ela deveria ter esperado o local abrir normalmente como todas as outras pessoas fazem.
Às 10h50, acompanhada de um advogado, a mãe de Miguel entrou na delegacia. Ficou uma hora e meia lá dentro.
Na saída, disse que Sarí afirmou que não havia apertado o botão do elevador e que não teve intenção de fazer nada. "Ela é um monstro, uma pessoa fria e calculista", declarou Mirtes.
Pouco tempo depois, por volta das 13h, sob gritos de "assassina", Sarí deixou o local sem falar com a imprensa. Houve tumulto. Policiais civis fizeram uma barreira para levá-la até o veículo.
Indignadas, algumas pessoas que pediam justiça para Miguel bateram com as mãos no carro em que ela estava.
No dia da morte, Mirtes havia levado Miguel ao local de trabalho porque não tinha com quem deixá-lo.
Escolas e creches estão fechadas devido à pandemia do novo coronavírus. Mesmo assim, ela continuava trabalhando, apesar da alta incidência da doença em Recife. O próprio Hacker anunciou em abril que estava infectado pelo novo coronavírus.
"A responsabilidade legal naquela circunstância era da moradora. A criança permaneceu e estava sob a sua responsabilidade", disse, na época, o delegado responsável pelo caso. "Ela tinha o poder e o dever de cuidar da criança e impedir, em última análise, o trágico resultado que adveio de uma tragédia", complementou.
De acordo com as investigações da polícia, Mirtes havia descido para levar a cadela da família para passear e deixado o filho sob os cuidados da patroa. Depois disso, a criança saiu do apartamento e tomou o elevador.
Os policiais analisaram imagens do circuito interno do condomínio e verificaram que a proprietária do apartamento permitiu que a criança entrasse sozinha no elevador.
O delegado Ramon Teixeira afirmou que o menino primeiro tentou sair do apartamento e a mulher o repreendeu. Em nova tentativa, relatou o delegado, a criança retornou ao elevador e nada foi feito para impedir.
Os investigadores afirmam que as imagens de circuito interno mostram Sarí observando o menino entrar no elevador no 5º andar e registram o momento em que ela apertou o botão para a cobertura.
Ainda segundo o vídeo, na presença de Côrte Real, Miguel acionou os botões do 7º e do 9º andar. A porta do elevador então se fecha e ele sobe desacompanhado, primeiro até o 7º andar, sem desembarcar, e depois até o 9º andar.
Após deixar o elevador, Miguel subiu em uma caixa em que havia condensadores de aparelhos de ar-condicionado. Em seguida, de maneira acidental, segundo as investigações, ocorreu a queda, porque o local não estava devidamente protegido. O garoto caiu de uma altura de 35 metros.
Os investigadores afirmam que, naquele momento, o menino gritava pela mãe, que passeava com o cadela na avenida em frente ao edifício Píer Duarte Coelho, mais conhecido no Recife como Torres Gêmeas. Ao retornar ao prédio, alertada pelo porteiro, Mirtes encontrou o filho estirado no chão, gravemente ferido.
O inquérito que apura a morte da criança ainda não foi concluído.
Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que os advogados de Sarí apresentaram requerimento ao delegado solicitando a realização do depoimento em horário mais cedo. O pedido foi aceito por levar em conta os argumentos relativos à possibilidade de aglomeração de pessoas e risco de agressão à depoente.
A Polícia Civil destacou que o deferimento do pedido não significa qualquer prejuízo aos trabalhos investigativos.

(FOLHAPRESS)


Hospital Albert Einstein desmente Ministério da Saúde e mantém veto a cloroquina


O hospital Albert Einstein desmentiu, na noite desta segunda-feira, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, que afirmou que a instituição teria voltado atrás em sua recomendação contra o uso de cloroquina em pacientes do hospital infectados pela Covid-19. Na tarde desta segunda, Franco disse que o hospital teria voltado atrás na recomendação divulgada na semana passada. Procurado, o Albert Einstein disse que não houve mudança alguma sem sua posição sobre o medicamento.
Na sexta-feira, o hospital Alberto Einstein divulgou uma nota em que informava que estava recomendando aos seus médicos que não prescrevessem medicamentos a base de cloroquina para o tratamento da Covid-19 por conta da falta de evidências científicas sobre a eficácia da substância. A recomendação ocorreu após a agência norte-americana que regula alimentos e medicamentos, o FDA, revogou a autorização do uso da cloroquina no tratamento da Covid-19.
O uso de cloroquina pelo Albert Einstein vinha sendo citado pelo governo federal como exemplo de que a substância poderia ser utilizada em larga escala. Nesta segunda-feira, Élcio Franco foi questionado sobre se o governo mudaria sua política em relação à substância após a recomendação contra o medicamento feita pelo hospital.
Ao responder a questão, Élcio Franco disse que o hospital teria recuado sobre a não-utilização da cloroquina.
— Creio que a sua informação está equivocada. Já houve um desmentido do próprio Albert Einstein quanto ao uso da cloroquina — disse Franco.
Diante da declaração de Franco, a reportagem do GLOBO procurou a assessoria de comunicação do Albert Einstein, em São Paulo.
Segundo a instituição, não houve mudança na política do hospital em relação à cloroquina.
Recentemente, além do FDA ter revogado a autorização do uso do medicamento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu estudos que vinham sendo feitos com a cloroquina após a constatação de que ela não apresentava efeitos significativos contra a doença.

O GLOBO

segunda-feira, 29 de junho de 2020

PROMOTORIA DE JUSTIÇA DA COMARCA DE SANTANA DO MATOS/RN ´- RECOMENDAÇÃO

RECOMENDAÇÃO



O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, por seu Promotor Justiça que esta subscreve, no uso de suas atribuições legais conferidas pelos arts. 127, caput e 129, incisos II, da Constituição Federal, e:

CONSIDERANDO que, segundo o art. 129, inciso II, da Constituição Federal, é função institucional do Ministério Público zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

CONSIDERANDO que compete ao Ministério Público expedir recomendações visando ao efetivo respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe cabe promover; 
CONSIDERANDO que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a competência e autonomia dos Estados e Municípios para legislar e estabelecer medidas restritivas, de natureza sanitária, durante a atual pandemia, entre elas, limitações de atividades culturais e desportivas, além de restrição à circulação de pessoas, independentemente das medidas adotadas em âmbito nacional;

CONSIDERANDO o disposto no art. 11 do Decreto Estadual nº 29.583/2020, determinando que “estão suspensas as atividades coletivas de qualquer natureza, públicas ou privadas, incluindo eventos de massa, shows, atividades desportivas, feiras, exposições, reuniões de pessoas ou de pessoas em seus veículos, como carreatas, passeatas e congêneres”;

CONSIDERANDO o disposto no art. 2º do Decreto 507/2020, do município de Santana do Matos/RN, que dispõe: “Estão suspensas as atividades coletivas de qualquer natureza, públicas ou privadas, incluindo eventos de massa, shows, atividades esportivas, exposições, reuniões de pessoas ou de pessoas em seus veículos, como carreatas, passeatas e congêneres”;

CONSIDERANDO divulgação de vaquejada a se realizar no próximo dia 04 de julho, no parque Lili Braga, neste município;

CONSIDERANDO que a lei 13.364/2016, com redação dada pela lei 13.873/2019, reconhece a vaquejada como manifestação cultural, considerando suas atividades como práticas artísticas e desportivas, tratando-se o evento aprazado, por óbvio, de atividade coletiva;

RESOLVE RECOMENDAR À PREFEITA E AO COMANDANTE DO DESTACAMENTO DE POLÍCIA MILITAR DO MUNICÍPIO DE SANTANA DO MATOS/RN:

 a) Fiscalizem o cumprimento das disposições dos decretos emitidos pelo Estado do Rio Grande do Norte e pelo próprio município de Santana do Matos/RN, que digam respeito ao combate à pandemia de COVID-19;

b) Impeçam a realização de qualquer atividade ou evento coletivo, englobados pelos dispositivos normativos acima especificados, ESPECIALMENTE A VAQUEJADA PROGRAMADA PARA O DIA 04 DE JULHO DE 2020, NO PARQUE LILI BRAGA, NESTE MUNICÍPIO, adotando todas as medidas necessárias, inclusive prisão em flagrante em caso de cometimento de infrações penais.

Publique-se esta Recomendação no Diário Oficial do Estado.



Remeta-se cópia ao CAOP respectivo. Dê-se publicidade através da rádio FM local.



ADVERTE, desde já o Ministério Público, que o descumprimento desta recomendação ensejará a adoção das medidas cabíveis, inclusive pela via judicial, valendo o recebimento da presente como prova do conhecimento e do dolo do agente público em caso de inércia. Requisite-se resposta sobre as medidas adotadas até o dia 06 de julho de 2020.


Cumpra-se. Santana do Matos/RN, 29 de junho de 2020. 


ALYSSON MICHEL DE AZEVEDO DANTAS
 Promotor de Justiça