Durante o sermão da missa realizada nessa
terça-feira dentro da comunidade católica Canção Nova, o padre José
Augusto disse aos fiéis que o país irá mudar para pior se a candidata do
PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, vencer a eleição.
“Os
rumos da nação brasileira estão prestes a mudar para pior se, neste
segundo turno - e eu vou falar com clareza - o PT ganhar”, disse ele.
Suas falas foram registradas ao vivo pela TV e também foram parar na
internet, em vídeo que já foi visto mais de 16.000 vezes na rede mundial
de computadores (o vídeo foi posteriormente retirado do Youtube).
“Podem
me matar, podem me prender, podem me processar, e, se tiver de ser
preso serei, mas eu não posso me calar diante de um partido que está
apoiando o aborto”, completou José Augusto, que também se pronunciou
contra o casamento homossexual.
Ele ainda afirmou que o PT
estaria tentando aprovar leis contra os meios de comunicação religiosos,
que passariam a ter uma hora de programação por dia. “Ai daqueles que
se filiaram aos partidos comunistas”, pregou o padre. “Quem compactua
com pessoas que aderem ao aborto está excomungado”, disse também o
religioso.
Outro lado
Ontem, mesmo dia do
sermão, o monsenhor Jonas Abib, fundador da comunidade Canção Nova,
divulgou uma nota oficial, na qual diz: "a Canção Nova mantém-se
alinhada à catequese da Igreja Católica e à sua doutrina comprometida
com o direito à vida e à dignidade humana".
Em outro trecho, diz
que a Canção Nova "não vê cada candidato por suas bandeiras, mas os
acolhe como filhos amados de Deus. Cada fiel deve votar de acordo com
suas convicções e com a doutrina social da Igreja. (...) Por fim, peço
em nome da Canção Nova, perdão por qualquer excesso", diz ele no
comunicado.
A assessoria ainda informou que o padre José Augusto segue normalmente com suas atividades.
Dilma
Diante
do crescimento dos boatos de que Dilma e o PT seriam a favor do aborto,
a candidata petista passou a dar diversos pronunciamentos nos quais se
diz “a favor da vida”. Durante o debate promovido pela CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil), no dia 23 de setembro, a petista
declarou que não é “pessoalmente” a favor do aborto, mas alegou que o
tema é uma questão de saúde pública.
"A vida é um valor que nós,
seres humanos, temos que respeitar, honrar, e perceber a dimensão
transcendente", disse, mostrando-se desfavorável a ampliar os casos de
aborto permitidos por lei. "A legislação já prevê casos em que o aborto é
factível. Não acho que seria necessário ampliar esses casos",
acrescentou.
Da BAND
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