segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nélter afirma que Agripino desistiu da reeleição de Rosalba Ciarlini em 2014

Por: Alex Viana
Nélter declarou que o líder do DEM já considera como carta fora do baralho a reeleição de Rosalba Ciarlini. Foto: Divulgação
Nélter declarou que o líder do DEM já considera como carta fora do baralho a reeleição de Rosalba Ciarlini. Foto: DivulgaçãoO deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB) afirmou na manhã deste sábado que o senador José Agripino, presidente nacional e estadual do DEM, “jogou a toalha” em relação ao governo Rosalba Ciarlini (DEM), e que agora tenta “salvar” o mandato dos atuais deputados do DEM no Rio Grande do Norte. Em entrevista à imprensa, o senador José Agripino Maia disse que o DEM vai priorizar as alianças proporcionais (deputados estaduais e federais), em detrimento da chapa majoritária (governador e senador). “A eleição majoritária será consequência das articulações proporcionais”, afirmou o senador.
Ao avaliar as palavras de Agripino, Nélter Queiroz declarou que o líder do DEM já considera como carta fora do baralho a reeleição de Rosalba Ciarlini, a única governadora do DEM no país, que enfrenta índices elevados de desaprovação. “As declarações de José Agripino dão a entender, nas entrelinhas, que o DEM quer priorizar salvar os deputados. Acho que o senador está jogando a toalha em relação ao governo Rosalba. A gente percebe”, disse Nélter Queiroz.
Nélter Queiroz afirmou ainda que José Agripino daria uma imensa contribuição ao Rio Grande do Norte se recomendasse ao casal que administra o Estado, Carlos Augusto Rosado e Rosalba Ciarlini, que também deixassem o DEM. “Zé Agripino daria uma grande contribuição à política do Estado se recomendasse a Rosalba que também deixasse o DEM. Daria uma contribuição imensa”, afirmou o peemedebista.

CONTRÁRIO
O deputado Nélter Queiroz adiantou que é contrário a uma aliança do seu partido, o PMDB, com o DEM, mesmo na proporcional, porque o PMDB rompeu recentemente com o governo Rosalba, que é do DEM. “Eu acho que o povo não vai entender bem se o PMDB se coligar com o DEM novamente”, adianta Nélter. “É complicado, não há como se coligar com DEM. Não pelo senador Agripino, mas pelo governo, que a governadora faz parte, e que nos atinge fortemente. A população não vai entender. Vai ficar confuso. Porque o povo não tem como separar o DEM da pessoa da governadora Rosalba”, disse.
Ainda segundo Nélter Queiroz, a maioria do PMDB hoje é contrária a esta aliança.  “A maioria do PMDB é contra essa coligação com DEM. Sou contra, não por conta de José Agripino, mas por conta do cenário nacional, e por conta do DEM, que está contaminando toda a classe política do RN, que é governadora Rosalba Ciarlini, que representa desgaste, incompetência, má gestão, indecisão, falta de comando, e de liderança”, afirmou.
Nelter afirma que PMDB deve preservar a imagem do partido. O parlamentar diz que o PMDB foi contaminado pelo desgaste da gestão Rosalba Ciarlini e agora precisa se descontaminar. “O PMDB tem que descontaminar. É isso que estamos fazendo. O PMDB só teve desgaste com esse apoio e com essa coligação da Rosalba Ciarlini, só teve perdas”, disse.
Ainda segundo Nélter Queiroz, o PMDB não é contra Agripino, mas ressalta a conjuntura estadual. “O PMDB não poderá ser atingido. Em minha opinião, sou contrário a esta aliança na proporcional. Não sou contra nenhum deputado do DEM, nem contra o senador José Agripino, mas pela conjuntura da situação do governo que a governadora chegou a contaminar todos os partidos que poderão ficar perto dela. É o sentimento do povo, a tendência é piorar”.

Gustavo Fernandes comenta: “José Agripino fala pelo DEM, nós falamos pelo PMDB”
O deputado estadual Gustavo Fernandes (PMDB) disse que o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, está querendo satisfazer os anseios dele e do partido que controla, ao afirmar que serão priorizadas as alianças nas proporcionais para as eleições de 2014. Ele disse, porém, que quem fala pelo PMDB são os peemedebistas.
“Zé Agripino naturalmente está querendo através do DEM fazer coligação para que possa satisfazer os anseios dele, eleger os deputados dele, mas isso ele fala pelo DEM e nós falamos pelo PMDB. Respeitamos o partido dele, mas, na hora das coligações é que vamos sentir qual o sentimento popular e do partido para que a gente possa fazer de novo uma grande nominata de deputados estaduais e quem sabe até ampliar federal”, disse o deputado.
Gustavo Fernandes disse que o PMDB primeiro irá fazer uma grande aliança, que contemple os candidatos do partido, para em seguida, estudar as coligações a serem feitas com outras legendas “Acho que o PMDB tem que procurar fazer uma aliança que seja grande, voltada em torno da eleição do máximo número possível de deputados do partido, como fizemos na eleição passada, quando elegemos seis deputados”.
A partir daí, segundo ele, a eleição com os demais partidos serão vistas. Sobre a aliança com o DEM na proporcional, seria uma “um fato a se estudar”, caso não atrapalhe os planos do PMDB. “Um fato a se estudar, porque tem que saber se é bom para o PMDB, se não atrapalha os projetos do PMDB. Se assim for, tudo bem, mas a gente precisa estudar. Para saber se seria bom para o PMDB, pois prezo pelo o meu partido”.
Exatamente quanto a compor na proporcional com o DEM, Gustavo Fernandes disse que ainda é cedo e que deve ser averiguada a simpatia popular. “Agora, a gente precisa saber qual o sentimento em relação ao que os peemedebistas querem. Em termos de coligação. Porque saímos de perto do governo do DEM, e a gente tem que sentir para ver as coligações e quais os partidos que vão ser da simpatia popular. Para isso, o tempo é que vai fazer a gente sentir”.

MAJORITÁRIA
Gustavo Fernandes disse que está mantida no PMDB a disposição de o partido apresentar candidatura própria para o governo do Estado nas eleições de 2014. “Está de pé. Agente considera que seja irreversível falar em não ter candidatura. O partido vai até o fim. Vamos ter sim candidatura própria, só não definimos os nomes”, afirmou o parlamentar.
Segundo ele, os nomes da legenda para a disputa do ano que vem giram em torno do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, do ministro da Previdência, Garibaldi Filho, ou do líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado estadual Walter Alves. “Na minha leitura, Henrique e Garibaldi e Walter. Um desses três será candidato”.

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