Por Jéssica Lauritzen
O governo de Cuba suspendeu o envio de 710 médicos cubanos ao Brasil,
previsto para este mês, conforme divulgado no portal do Ministério da
Saúde (MS). O número corresponde a 600 novos bolsistas e 110 para
reposições pelo Programa Mais Médicos.
O órgão brasileiro informa que recebeu, nesta terça-feira, uma
solicitação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) de promover um
encontro entre de representantes do Brasil e de Cuba para tratar do
programa.
A ideia é analisar o aumento de ações judiciais pleiteadas por médicos cubanos vinculados ao Mais Médicos e sua contratação direta pelo MS, determinada por liminares. O processo, segundo o texto do ofício, não estaria em conformidade com o acordo de cooperação firmado entre os parceiros.
Diante do impasse, o MS informou à Opas, nesta quinta-feira, sobre a disponibilidade de enviar uma delegação brasileira para esclarecer tais questionamentos.
Pelo Mais Médicos, a cada três meses, o Ministério da Saúde realiza editais para preencher os postos de trabalho eventualmente vagos do programa. No último, segundo o órgão, para cerca de 1.600 vagas, mais de 8 mil candidatos brasileiros se inscreveram para a seleção.
Cubanos no Mais Médicos
Quando o Mais Médicos foi lançado, em 2013, a maciça presença de médicos cubanos foi duramente criticada pelas entidades médicas brasileiras. Um dos motivos foi o fato de estes profissionais não terem registro nos conselhos regionais de medicina do Brasil. Além disso, os vencimentos deles são pagos ao governo cubano, que repassa ao profissional um valor menor do que o recebido por outros participantes do programa.
Porém, apesar de os editais do programa sempre priorizarem a contratação de brasileiros, a maior parte das vagas, muitas localizadas em áreas carentes e de difícil acesso, como Distritos Sanitários Indígenas, não atraía o interesse de profissionais brasileiros. Desde 2015, o governo tem apostado em novas estratégias para que os brasileiros participem do Mais Médicos.
Em janeiro deste ano, pela primeira vez, além da reposição de rotina, foram disponibilizadas vagas antes ocupadas por profissionais cubanos, que vieram ao Brasil por uma cooperação intermediada pela Opas. Segundo balanço do início deste ano, das 18.240 vagas do programa, 62,6% são ocupadas por cooperados cubanos, 29% por brasileiros formados no Brasil e 8,4% estrangeiros e brasileiros formados no exterior.
A meta do governo federal é substituir 4 mil médicos cooperados por brasileiros em três anos e, assim, reduzir de 11,4 mil para 7,4 mil participantes cubanos. A expectativa é chegar a 7,8 mil brasileiros no Mais Médicos, representando mais de 40% do total de profissionais.
A ideia é analisar o aumento de ações judiciais pleiteadas por médicos cubanos vinculados ao Mais Médicos e sua contratação direta pelo MS, determinada por liminares. O processo, segundo o texto do ofício, não estaria em conformidade com o acordo de cooperação firmado entre os parceiros.
Diante do impasse, o MS informou à Opas, nesta quinta-feira, sobre a disponibilidade de enviar uma delegação brasileira para esclarecer tais questionamentos.
Pelo Mais Médicos, a cada três meses, o Ministério da Saúde realiza editais para preencher os postos de trabalho eventualmente vagos do programa. No último, segundo o órgão, para cerca de 1.600 vagas, mais de 8 mil candidatos brasileiros se inscreveram para a seleção.
Cubanos no Mais Médicos
Quando o Mais Médicos foi lançado, em 2013, a maciça presença de médicos cubanos foi duramente criticada pelas entidades médicas brasileiras. Um dos motivos foi o fato de estes profissionais não terem registro nos conselhos regionais de medicina do Brasil. Além disso, os vencimentos deles são pagos ao governo cubano, que repassa ao profissional um valor menor do que o recebido por outros participantes do programa.
Porém, apesar de os editais do programa sempre priorizarem a contratação de brasileiros, a maior parte das vagas, muitas localizadas em áreas carentes e de difícil acesso, como Distritos Sanitários Indígenas, não atraía o interesse de profissionais brasileiros. Desde 2015, o governo tem apostado em novas estratégias para que os brasileiros participem do Mais Médicos.
Em janeiro deste ano, pela primeira vez, além da reposição de rotina, foram disponibilizadas vagas antes ocupadas por profissionais cubanos, que vieram ao Brasil por uma cooperação intermediada pela Opas. Segundo balanço do início deste ano, das 18.240 vagas do programa, 62,6% são ocupadas por cooperados cubanos, 29% por brasileiros formados no Brasil e 8,4% estrangeiros e brasileiros formados no exterior.
A meta do governo federal é substituir 4 mil médicos cooperados por brasileiros em três anos e, assim, reduzir de 11,4 mil para 7,4 mil participantes cubanos. A expectativa é chegar a 7,8 mil brasileiros no Mais Médicos, representando mais de 40% do total de profissionais.
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