quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Família aguarda liberação de corpo de jovem há mais de um ano na Paraíba

Jeferson Gomes da Silva foi morto em outubro de 2017, em Jacaraú — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
 
Uma família paraibana aguarda há mais de um ano a liberação do corpo de um jovem que está na Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) de João Pessoa desde novembro de 2017, quando foi achado carbonizado na cidade de Jacaraú.
Jeferson Gomes da Silva tinha 21 anos quando foi achado morto, com o corpo queimado e com sinais de tortura em Jacaraú. A irmã dele, Lúcia Gomes, explica que algumas cicatrizes antigas na perna, uma das partes do corpo que ficou preservada, identificam o jovem. Uma testemunha que depôs à época do crime também afirma que se trata de Jeferson.

Porém, de acordo com a família, esses depoimentos não seriam suficientes para provar junto ao Gemol a identificação e posterior liberação do corpo, que ainda não teve o laudo oficial publicado pois faltam exames de DNA e da arcada dentária.

Departamento de Medicina Legal de João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
Departamento de Medicina Legal de João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

“Precisa do exame da arcada dentária. Eu fui no Departamento de Medicina Legal e me informaram que a máquina estava quebrada. Em outra ocasião, me disseram que estava faltando o material para fazer esse exame de DNA para liberar o corpo. Nunca me deram prazo algum”, informou Fábio Holmes, cunhado de Jeferson.

A equipe de reportagem da TV Cabo Branco foi, por duas vezes, até o setor administrativo do Gemol, que está funcionando temporariamente na Academia de Polícia Civil (Acadepol), no bairro de Jacarapé, mas ninguém no setor quis falar com a equipe. O G1 e a TV Cabo Branco tentaram falar com Cristiane Helena, chefe do setor de Medicina Legal do Gemol, mas as ligações não foram atendidas até as 11h30 (horário local) desta quarta-feira (12).

A família de Jeferson pede que o corpo seja liberado para que a história possa chegar a um fim. “Para nós familiares é uma tristeza, uma angústia, e uma decepção a se juntar com tudo que o crime, por si só, já causou de danos emocionais. Pedimos uma conclusão desse caso para que possamos sepultar, com a mínima dignidade possível, esse ente querido que é meu irmão. A família necessita disso. Trata-se de um direito, de dignidade”, diz Lúcia Gomes.

Fonte: G1

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