Uma
família paraibana aguarda há mais de um ano a liberação do corpo de um
jovem que está na Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) de
João Pessoa desde novembro de 2017, quando foi achado carbonizado na
cidade de Jacaraú.
Jeferson
Gomes da Silva tinha 21 anos quando foi achado morto, com o corpo
queimado e com sinais de tortura em Jacaraú. A irmã dele, Lúcia Gomes,
explica que algumas cicatrizes antigas na perna, uma das partes do corpo
que ficou preservada, identificam o jovem. Uma testemunha que depôs à
época do crime também afirma que se trata de Jeferson.
Porém,
de acordo com a família, esses depoimentos não seriam suficientes para
provar junto ao Gemol a identificação e posterior liberação do corpo,
que ainda não teve o laudo oficial publicado pois faltam exames de DNA e
da arcada dentária.
![Departamento de Medicina Legal de João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco](https://s2.glbimg.com/dmVDvH2r-PwPYaenKFQC4y2P0AA=/0x0:1920x1080/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/W/8/Foyhf1TCGt2C2DqKw2Gg/departamento-de-medicina-legal-ipc-joao-pessoa.jpg)
Departamento de Medicina Legal de João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco
“Precisa
do exame da arcada dentária. Eu fui no Departamento de Medicina Legal e
me informaram que a máquina estava quebrada. Em outra ocasião, me
disseram que estava faltando o material para fazer esse exame de DNA
para liberar o corpo. Nunca me deram prazo algum”, informou Fábio
Holmes, cunhado de Jeferson.
A
equipe de reportagem da TV Cabo Branco foi, por duas vezes, até o setor
administrativo do Gemol, que está funcionando temporariamente na
Academia de Polícia Civil (Acadepol), no bairro de Jacarapé, mas ninguém
no setor quis falar com a equipe. O G1 e a TV Cabo Branco tentaram
falar com Cristiane Helena, chefe do setor de Medicina Legal do Gemol,
mas as ligações não foram atendidas até as 11h30 (horário local) desta
quarta-feira (12).
A
família de Jeferson pede que o corpo seja liberado para que a história
possa chegar a um fim. “Para nós familiares é uma tristeza, uma
angústia, e uma decepção a se juntar com tudo que o crime, por si só, já
causou de danos emocionais. Pedimos uma conclusão desse caso para que
possamos sepultar, com a mínima dignidade possível, esse ente querido
que é meu irmão. A família necessita disso. Trata-se de um direito, de
dignidade”, diz Lúcia Gomes.
Fonte: G1
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