quinta-feira, 14 de novembro de 2019

UFPE se junta ao Greenpeace em expedição para avaliar efeitos do óleo


Uma missão organizada pela ONG Greenpeace e formada por pesquisadores pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais está analisando os impactos ambientais do derramamento de milhares de toneladas de petróleo no litoral nordestino. A primeira etapa da expedição, realizada entre os duas 8 e 12 de novembro, vasculhou 226 quilômetros da costa do Nordeste.
A professora do Departamento de Oceanografia da UFPE Mirella Costa, uma das participantes do grupo de trabalho, afirma que, embora a equipe não tenha localizado grandes manchas de óleo, foram detectadas gotículas do petróleo em algumas das áreas exploradas. “Agora é esperar o resultado da análise do material recolhido para definir os próximos passos”, pondera.
Segundo o Greenpeace, apesar de não haver óleo acumulado nos locais visitados, ainda há riscos à biodiversidade por conta da possível presença da substância diluída e da toxicidade do produto, daí a necessidade de um estudo aprofundado para analisar esses fatores. “Nessa crise percebemos a incapacidade do governo em lidar com os impactos associados ao petróleo, como é o caso desse grande derramamento, num momento em que há a intenção de aumentar a exploração, inclusive em áreas sensíveis. Será que vale a pena colocar em risco nossas riquezas naturais enquanto temos um dos maiores potenciais em fontes limpas e renováveis no mundo? “, questiona o Greenpeace.
As amostras recolhidas durante a expedição foram levadas ao Laboratório de Fitoplâncton da UFPE, onde devem ser estudadas sob a supervisão do professor Marius Muller. O intuito é verificar a presença dos compostos tóxicos a partir de uma metodologia que analisa a relação carbono/nitrogênio.
O pesquisador pretende levantar dados laboratoriais capazes de nortear medidas de mitigação do efeito do óleo tanto na fauna e na flora dos locais afetados quando na saúde da população.
A expedição passou por regiões onde estão vastos ecossistemas de recifes. Nessas áreas, foram feitos vários mergulhos exploratórios de até 20 metros para a coleta de amostras de água e sedimentos.

OP9PE

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