terça-feira, 15 de setembro de 2009

No Ceará existem pelo menos 400 bandas de forró

No Ceará existem pelo menos 400 bandas de forró

No Ceará existem pelo menos 400 bandas de forró entre profissionais e amadoras. Destas, 45 são profissionais, com CDs e DVDs gravados, presença constante na mídia e devidamente representadas por empresários, de acordo com o relatório “Arranjo Produtivo do Forró em Fortaleza”. A pesquisa de campo para o relatório foi feita em 2008, sendo que na época, desse total, 24 bandas pertenciam a apenas nove empresários. E no forró, o papel do empresário tem sido decisivo para injetar dinheiro nas bandas com potencial de fazer sucesso.

De acordo com empresários ouvidos pelo O POVO, para montar uma banda é necessário o investimento de pelo menos R$ 300 mil para a compra de equipamentos, instrumentos - é comum que os instrumentos sejam do dono da banda e não dos próprios músicos - e um ônibus para baratear a logística de transporte do grupo. Mas não basta fazer tanto investimento sem uma visão geral do mercado. “A área de entretenimento é de extremo risco, seu funcionamento é bastante complexo e exige um conhecimento aprofundado do mercado que está em constante mudança”, explica Angelo Roncalli, um dos diretores da A3 Entretenimento, hoje a maior do Estado no gerenciamento de bandas de forró, como Aviões do Forró e Forró do Muído.

O relatório aponta que, do ponto de vista da mobilização de ativos, pode-se fazer um cálculo parcial com base nos investimentos realizados na montagem das bandas. Levando em conta que cada banda demanda, em média, R$ 35 mil para compra de equipamentos, as 45 maiores bandas do Estado chegam a movimentar cerca de R$ 1,5 milhão só com esta finalidade. Os valores vão depender, claro, da quantidade e da qualidade desses equipamentos.

A pesquisa indica que praticamente todas as grandes bandas possuem ônibus próprio. Há bandas que possuem ônibus no valor de R$ 700 mil, como é o caso da Aviões do Forró e Mastruz com Leite. Mas há bandas que possuem ônibus no valor de R$ 250 mil. Considerando uma média de valor em torno de R$ 300 mil, o total mobilizado pelas 45 bandas maiores bandas chega a R$ 13,5 milhões.

Lucro
A organização do lucro negócio forró vai além dos cachês pré-fixados. Muitos empresários preferem fechar shows com a participação na renda da bilheteria e em alguns casos até mesmo na renda do bar. É a chamada “festa bancada”, com lucros divididos entre os donos das bandas e os donos das casas de shows. Mas falando especificamente de cachês, o relatório aponta que do ponto de vista da renda há uma grande variedade de preços cobrados, que oscilam entre o mínimo de R$ 500 e o máximo de R$ 80 mil (podendo aumentar de acordo com o tipo de evento e distância).

Fazendo um cálculo “conservador”, como diz o coordenador do relatório, Jair do Amaral Filho, imaginando que cada banda realize uma apresentação por semana, ou quatro apresentações por mês, as 45 maiores bandas mobilizariam mensalmente mais de R$ 1,3 milhão. “Com certeza uma cifra muito abaixo do real”, pontua Jair. (Dalviane Pires)

NÚMEROS

1. 400
É A QUANTIDADE DE BANDAS PROFISSIONAIS E AMADORAS PELO ESTADO.

45
SÃO AS PRINCIPAIS BANDAS DE FORRÓ DO ESTADO, APROXIMADAMENTE

fonte: Dalviane Pires www.forrozeiros.com.br


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