Santana do Matos, município no estado do Rio Grande do Norte (Brasil), localizado na microrregião da Serra de Santana. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2003 sua população era estimada em 16.472 habitantes. Área territorial de 1.420 km²
História
A Arqueologia brasileira estima que há pelos menos 9 mil anos o sertão nordestino é habitado por grupos humanos. Os primeiros habitantes do sertão potiguar (paleoameríndios) foram, provavelmente, povos nômades, caçadores e coletores de alimentos. Deixaram registros gravados e pintados em pedras e paredões ao longo de rios, riachos e lagoas onde deviam caçar e coletar alimentos no período pré-colonial. Na região de Santana, a arte rupestre, como são chamados esses registros pré-históricos, é rica e diversificada. Pesquisas recentes do Professor Valdeci dos Santos Junior, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, revelaram a existência de 75 sítios arqueológicos na região central do RN denominada “Área Arqueológica de Santana”. Apenas dois daqueles sítios estão registrados pelo IPHAN como patrimônio histórico. Esses valiosos registros da ocupação humana pré-histórica da região, ainda que pouco estudados, vêm sendo depredados por vândalos e turistas ignorantes.Quando os portugueses chegaram às terras que hoje denominamos Rio Grande do Norte, ao longo do século XVI, encontraram na região dois grandes grupos indígenas: os Potiguar, de língua Tupi, habitantes do litoral, e os Tapuia, de língua Macro-Gê, no sertão. No interior, os Tapuia estavam subdividos entre os Trairi e os Cariri. A região de Santana era habitada pelos Tarairiu, das tribos Jandui, Ariu e Canindé.
O conflito com os colonizadores/invasores portugueses foi inevitável. Ao adentrar o sertão com a pecuária e as campanhas de aprezamento de índios para trabalho escravo, ao longo do século XVII, os portugueses logo se viram confrontados com povos arredios e valentes. O historiador Pedro Puttoni, em seu livro “A Guerra dos Bárbaros”, retrata muito bem esse período de enfrentamento que resultou, como era de se esperar, na aniquilação de populações inteiras de índios do sertão. As tribos restantes, pacificadas por bandeirantes paulistas, foram aldeadas e os primeiros assentamentos de colonos brancos criados ao final do século XVII. A pecuária pode retomar seu crescimento ao final dos conflitos, desenvolvendo-se rapidamente e tornando-se importante atividade econômica. Nesse período, as oficinas de carne seca e a indústria de extração da cera de carnaúba representavam a base da economia da região.
Em 1696, Bernardo Vieira de Melo, então Governador da Capitania do Rio Grande do Norte, colocou-se à frente de uma pequena expedição e fundou à margem esquerda do Rio Açu (ou Piranha) o Arraial de Nossa Senhora dos Prazeres, ponto de reforço para a conquista do sertão. Bernardo Vieira instalou-se com seus soldados no novo arraial, iniciando o aldeamento dos índios e assegurando o estabelecimento dos colonos. Surgiu daí o povoado conhecido como povoação de São João Batista da Ribeira do Céu. O município de Açu foi criado por Ordem Régia em 22 de julho de 1766. Inicialmente foi denominado de Vila Nova da Princesa. A Lei provincial nº 124, de 16 de outubro de 1845, concedeu à Vila Nova da Princesa foros de cidade com o nome de Açu. O município foi posteriormente desmembrado entre os municípios de Santana, Jucurutu, Angicos, São Rafael, Lages, Bodó, Itajá e Fernando Pedroza
O povoado do que hoje é a cidade de Santana do Matos teve início na Fazenda Bom Bocadinho, de propriedade do português Manoel José de Matos. Quando a fazenda começava a dar sinais de prosperidade, uma forte seca prejudicou seriamente a lavoura e dizimou o gado. Manoel José, homem religioso, prometeu erguer uma capela em homenagem a Nossa Senhora de Santana se a seca terminasse. A seca passou, a Fazenda Bom Bocadinho voltou a crescer e a capela foi construída, recebendo o nome de Santana do Matos, numa referência à santa milagrosa e ao dono da fazenda. A exemplo de outras cidades sertanejas, cujos territórios municipais foram delineados pelos limites da freguesia primeva, Santana do Matos tem seu mito de origem na intervenção da avó de Cristo, nos vexames sofridos pelos primeiros vaqueiros. Câmara Cascudo explica essa “história que se enovela em lenda”: Manoel José de Matos – daí o sobrenome da cidade – desesperado pelas tribulações por que passava, prometeu cultuar Sant’Ana, com capela e imagem votivas; agraciado, cumpre a promessa, lançando em terra o que seria a semente urbana. Da construção da capela à instituição da freguesia, foi um movimento natural; em 1821, a povoação santanense assim tinha sido reconhecida. (Cascudo, 1955-a: 15.)
O povoado foi iniciado nas proximidades da capela com o nome de Santana do Pé de Serra, passando posteriormente a ser chamado de Santana do Matos, num vínculo direto com a capela que lhe deu origem. A agricultura e a pecuária foram se desenvolvendo nas terras da localidade, fazendo com que o povoado crescesse rapidamente.
No dia 13 de outubro de 1836, de acordo com a lei n° 9, Santana do Matos desmembrou-se de Açu, tornando-se município. Mas no dia 6 de agosto de 1855, pela Resolução Provincial de nº 314, o município voltou à condição de povoado, sendo restabelecido definitivamente como município um mês depois, no dia 5 de setembro do mesmo ano.
Aspectos Fisiográficos
Clima Tipo: clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono. Precipitação Pluviométrica Anual: normal: 705,9 mm observada: 684,3 mm desvio: 21,6 mm Período Chuvoso: fevereiro a maio Temperaturas Médias Anuais: máxima: 32,0 °C média: 26,6 °C mínima: 21,0 °C Umidade Relativa Média Anual: 65% Horas de Insolação: 2.400
Formação Vegetal Caatinga Hiperxerófila - vegetação de caráter mais seco, com abundância de cactáceas e plantas de porte mais baixo e espalhadas. Entre outras espécies destacam-se a jurema-preta, mufumbo, faveleiro, marmeleiro, xique-xique e facheiro.
Aptidão Agrícola: aptidão regular e restrita para pastagem natural. Aptas para culturas especiais de ciclo longo (algodão arbóreo, sisal, caju e coco).Na parte Sul, uma pequena área com aptidão regular para lavouras e outra indicada para preservação da flora e da fauna ou para recreação. Sistema de Manejo: baixo, médio e alto nível tecnol ógico. As práticas agrícolas podem estar condicionadas tanto ao trabalho braçal e a tração animal, com implementos agrícolas simples, como a motomecanização.
Em santana do matos o esporte mais praticado e o futsal,que tem duas edificações para o uso desse,o ginasio poliesportivo david azevedo(recém-inaugurado)e a a quadra de esportes jose alipio de macêdo,outro esporte também praticado na cidade é o futebol que tem como edificação para o uso desse,apenas um local o estádio de futebol municipal da cidade(recém-inaugurado).
Aniversário |
13 de outubro |
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Fundação |
1836 |
Gentílico |
santanense |
Lema |
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Prefeito(a) |
Francisco de Assis Silva (PSB) (2005 – 2008) |
Localização |
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05° 57' 28" S 36° 39' 21" O05° 57' 28" S 36° 39' 21" O |
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Unidade federativa |
Rio Grande do Norte |
Mesorregião |
Central Potiguar IBGE/2008 [1] |
Microrregião |
Serra de Santana IBGE/2008 [1] |
Região metropolitana |
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Municípios limítrofes |
Angicos, Fernando Pedroza, Itajá, São Vicente, Florânia, Tenente Laurentino Cruz, Lagoa Nova, Bodó, Cerro Corá, São Rafael e Jucurutu |
Distância até a capital |
218 km |
Características geográficas |
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Área |
1.420,313 km² |
População |
14.544 hab. est. IBGE/2009 [2] |
Densidade |
12,1 hab./km² |
Altitude |
m |
Clima |
Semi-Árido |
Fuso horário |
UTC-3 |
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