Servidores
públicos de mais de 50% dos municípios do Rio Grande do Norte correm o
risco de não receber os pagametos referentes à folha de dezembro e o
13º salário. A constatação é do presidente da Federação dos Municípios
do Rio Grande do Norte (Femurn), Benes Leocádio (PP), que também é
prefeito de Lajes. Segundo ele, o motivo é a queda na arrecadação e o
setor que deverá ter a folha mais limitada é a Educação. De acordo com
Benes, o governo federal havia informado que os municípios teriam um
crescimento a partir de outubro, mas até agora a maior parte continua
com o pires na mão e deve fechar o ano com débito.
O prefeito de Taipu, Sebastião Melo está na parcela dos gestores que
não sabem como agir para pagar seus servidores. "A coisa está tão
difícil que a gente nem gosta de falar sobre o assunto, é de doer",
lamentou. Segundo ele, entre as medidas adotadas para tentar melhorar a
situação está a demissão de cerca de 100 servidores ligados à
prefeitura através de contratos.
Vale lembrar que há dois meses, o prefeito afastou, aproximadamente, 70
funcionários e chegou a fechar as portas da prefeitura por uns dias,
por não ter meios de pagar o quadro de pessoal. No entanto, Sebastião
reconhece o risco do tiro sair pela culatra. "Tem funcionários que
estão na prefeitura há 20 anos, então imagine quanto a gente vai ter
que pagar de rescisão", declarou.
Para agravar a situação, Taipu possui uma dívida de R$ 260 mil em
precatórios e cerca de R$ 1 milhão com fornecedores. "Essas obrigações
com precatórios foram heranças da gestão passada e que deveriam ser
pagas até dezembro deste ano. Os fornecedores também estão esperando
esse pagamento, e eles não tem nada a ver com essa situação de crise.
Mas nossa prioridade é pagar a folha de funcionários, que está em dia
até outubro, mas agora no fim do ano, não sabemos como ficará", afirmou
o prefeito.
fonte:diariodenatal
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