quinta-feira, 15 de abril de 2010

Chuvas já elevam nível de açudes no Rio Grande do Norte

Melina França
Foto: Vlademir Alexandre
Média do nível dos açudes no estado gira em torno dos 60% da capacidade ocupados.
As chuvas no Rio Grande do Norte, que tanto causaram transtornos na capital, já elevaram o nível dos açudes no interior do estado. No Oeste Potiguar, o reservatório do Roteador, no município de Umarizal, já está com 89% de sua capacidade preenchida. A preocupação com o Oeste é condizente com a previsão da Emparn de chuvas mais intensas para a região durante o mês de abril.

De acordo com Adalberto Pessoa, presidente do Conselho Regional de Arquitetura (Crea), contudo, nenhum problema foi notificado até então. O Crea realizou vistoria das barragens e açudes potiguares em janeiro deste ano, constatando alguns problemas de manutenção, mas que não apresentavam comprometimento a curto prazo.

Ainda segundo Pessoa, o maior índice pluviométrico registrado em área com barragens foi de 69 mm³. A assessoria da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) confirmou que como a previsão do setor meteorológico da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) é de um inverno com chuvas abaixo da média, a possibilidade de problemas é pequena.

É preciso considerar, no entanto, a frente fria advinda do Rio de Janeiro que avançou sobre o Nordeste, causando transtornos principalmente na Bahia e em Sergipe. De acordo com a Semarh, medidas devem ser estudadas para evitar complicações nas áreas de bacias hidrográficas no RN.

A média do nível dos açudes no estado gira em torno dos 60% da capacidade ocupados. A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do RN, está 79% preenchida. Em Santana dos Matos, a Rio de Pedra já alcançou os 80%. A situação mais crítica está na Bacia do Trairi, no açude Santa Cruz, que já está com 91% de seu espaço ocupado.

No total, o Rio Grande do Norte conta com 46 reservatórios distribuídos entre seis bacias hidrográficas. A preocupação, sobretudo com o início das chuvas, é de que eles transbordem e terminem por gerar problemas à população ou ao cultivo das culturas de áreas próximas.

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