sábado, 24 de abril de 2010

Viúva processa filhas de cantor famoso

Quando morreu, em 1989, Raul Seixas deixou uma coleção de 400 canções de sua autoria, dezenas de grandes sucessos (“Gita” e “Ouro de tolo”, entre outras) e um problema: a batalha pelo direito de sua herança e pelo controle de sua obra. Por direito, as únicas herdeiras são suas três filhas. Na semana passada, uma das cinco viúvas de Raul, Angela Maria de Affonso Costa, a Kika Seixas, conseguiu fazer avançar um processo contra as três herdeiras, inclusive sua filha Vivian, hoje com 28 anos. Raul não tinha nenhum bem quando morreu (vivia de aluguel e nem carro tinha), mas Kika reivindica a condição de “meeira dos bens imateriais por ele deixados, como previsto em lei”. Em outras palavras, quer 50% sobre tudo o que a obra arrecada, sem contar os 16% da parte de Vivian – que foi citada no processo com seu consentimento. A informação foi públicada no site da revista Época.

De acordo com o site, o processo foi aberto por Kika em 2002, mas só agora a Justiça conseguiu notificar as duas primeiras filhas de Raul, Simone Andrea O’Donoghue (com Edith Wisner) e Scarlet Vaquer Seixas (com Gloria Vaquer). Nascidas no Brasil, ambas moram desde pequenas nos Estados Unidos – provável motivo da demora na citação. Kika viveu com Raul de 1979 a 1984, sem formalizar a união. Nesse período, o casal compôs 13 canções em parceria. Desde a morte do músico, Kika tomou a frente de todos os lançamentos em torno de Raul e vetou alguns trabalhos. O jornalista Edmundo Leite, que desde 2004 trabalha em uma biografia de Raul, já recebeu dois telegramas de Kika ameaçando processá-lo caso publique o livro (para o qual havia concedido entrevista). O documentário O início, o fim e o meio, de Walter Carvalho e Evaldo Mocarzel, previsto para estrear neste ano, teve orçamento de R$ 2,5 milhões. Kika, que assumiu a produção inicialmente, teve de renegociar o contrato com as herdeiras. Enquanto isso, Vivian, que é DJ, vai lançar um remix com as canções do pai.

Caso Kika ganhe a ação, estima-se que poderá receber cerca de R$ 1 milhão em direitos autorais acumulados desde 1989, fora as arrecadações, que poderão chegar a R$ 45 mil por trimestre.

Fonte: do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações do site da revista Época

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