sábado, 22 de maio de 2010

Geisy estuda teatro e tenta fugir do tipo 'gostosona'

R7 acompanha a estudante no curso, mas colegas não participam da reportagem

Em menos de um ano, a vida de Geisy Arruda mudou completamente. Depois de ter sido hostilizada e agredida verbalmente por um grupo de estudantes em outubro do ano passado, na universidade Uniban, ela já estampou páginas de jornais do Brasil e do mundo, frequenta programas de TV, lançou linha de vestidos e faz presença constantemente em vários eventos.

Segundo Geisy, foi “graças a tudo isso” que aconteceu em sua vida que ela teve a oportunidade de realizar seu grande sonho: estudar teatro. O R7 passou a manhã da quarta (19) na Oficina de Atores Nilton Travesso, em São Paulo, e conversou com a estudante sobre esta nova etapa de sua vida e seus planos.


Julia Chequer/R7 

Foto por Julia Chequer/R7
Veja fotos de Geisy no teatroGeisy Arruda está negociando também virar boneca com roupinha rosa
- Quando eu era criança fiz teatro, mas era na escola pública. Depois que tive oportunidade de estar na mídia foi que tive condições financeiras de pagar um curso. Você sabe que é caro, não é? [risos]. Hoje faço meus eventos e, por isso, posso realizar meu sonho antigo.

Estudar teatro ainda é um dos passos “dentre muitos” que a estudante sonha para sua vida. Muito simpática, de roupa despojada e sem sapato, ela contou que não se sente realizada mesmo com todas as mudanças em sua vida.

- Não tenho dinheiro para comprar casa, um carro, eu continuo morando no mesmo lugar. Tenho vontade de estudar. Se eu for fazer alguma coisa na minha vida, quero chegar lá e falar que cheguei porque estudei, porque tenho capacidade de estar aqui. Não quero estar em algum lugar por ser queridinha de alguém.

O curso também tem ajudado Geisy a melhorar sua postura e comportamento em seus compromissos sociais. De acordo com a estudante, apesar  de frequentar as aulas há pouco mais de três meses, ela já consegue “se soltar inclusive mais nas entrevistas”.

- Agora me articulo melhor. Existe a Geisy, que sou eu mesma, e existe a Geisy brincalhona, que coloca o vestido e causa. Eu sou muito tímida.

Apesar de já colher os frutos da aprendizagem, ser uma aluna dedicada e interessada, segundo sua professora de interpretação Aline Ferraz, a estudante está passando por uma “limpeza”. Ao R7, Aline afirma que há um trabalho para tirar o tipo “mulherão” que Geisy tenta incorporar em seus personagens.

A própria estudante conta que a professora “pega muito no seu pé” por ela cair sempre no estereótipo da mulher sensual.

- Ela me fala que eu sou mais do que isso. Por isso, interpreto a brava, a malvada, a besta, a bêbada. Quero fazer uma peça em que eu possa usar um lado cômico, não quero usar meu corpo como atrativo sensual em cena.
Relacionamento com o grupo

Quando começou o curso de interpretação, Geisy contou que sentiu certa dificuldade de se aproximar de seu grupo. O fato de estar na mídia, segundo ela, deixou as pessoas “receosas a seu respeito”.

- As pessoas têm certo preconceito. Elas pensam que só porque você está na mídia tudo é mais fácil, mas é mentira. Se você não tem talento, não adianta nada. Hoje em dia somos unidos,  não tem mais isso. Os exercícios que fazemos juntos ajudaram muito a melhorar a convivência.

Apesar da boa relação que Geisy diz ter com seus colegas de curso, eles prefeririam não participar da matéria. Chegaram a assinar um documento para firmar esta vontade. Um dos alunos famosos da turma é Miro Moreira, ex-participante do reality A Fazenda. Ao R7, ele explicou os motivos da decisão.

- O pessoal não quis se expor. Talvez por a gente vir muito à vontade. Ficamos deitados na sala, aprendemos, batemos papo, fazemos umas coisas até íntimas. Não tem nada a ver com ela.

Mesmo chateada em participar sozinha das fotos, Geisy afirmou que compreendeu a atitude dos amigos, mas disse que tem uma opinião diferente dos colegas.

- O Miro tinha topado na hora que eu falei, a professora topou. Na verdade, eu achei que eles tinham topado. Mas eles acharam que seria um jeito de invadir a privacidade, e exposição. Eu acho que, para trabalhar na TV, você tem que estar aberto para a imprensa.
Fonte:R7

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