quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Samu ameaça paralisação

O Samu metropolitano pode parar suas atividades durante 24 horas a partir de amanhã. A ameaça de greve é uma forma que os cerca de 100 funcionários terceirizados que prestam serviço ao órgão encontraram para cobrar o pagamento do mês de outubro que deveria ter sido pago até o 5º dia útil de novembro, mas até ontem à noite o salário não havia sido regularizado. Os 100 funcionários trabalham como motoristas, telefonistas e rádio operador.


Trabalhadores planejam fazer greve de 24 horas a partir de amanhã se pagamento de salários não for regularizado Foto:Carlos Santos/DN/D.A Press
De acordo com Paulo Martins, diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (SindSaúde/RN), os funcionários terceirizados do Samu que prestam serviço à empresa JMT foram informados que o pagamento não havia sido feito devido à falta de recursos já que a empresa está sem receber o repasse da Secretaria do Estado da Saúde Pública (Sesap) há quatro meses.

Paulo disse que ontem foi informado pela empresa que a Sesap poderia repassar os recursos ainda hoje para que o pagamento fosse regularizado. Entretanto, a paralisação só será abortada se o dinheiro estiver na conta dos servidores até a amanhã. Caso contrário, as 12 ambulâncias básicas e as duas UTI's funcionarão com apenas 30% de sua capacidade. "Algumas pessoas estão tendo sérios problemas como atraso com pagamento de pensão alimentícia devido a esse atraso. Isso é um absurdo", ressalta Paulo.

A reportagem do Diário de Natal tentou contato com a Sesap, porém foi informada de que o pedido para a liberação da verba já havia sido feito à Secretaria Estadual de Planejamento. O secretário Nelson Tavares garantiu que o atraso no repasse a empresa ocorreu devido às dificuldades financeiras enfrentadas pelo estado. Contudo, ele garante que o atraso é de apenas parte dos meses de setembro e outubro. "Temos enfrentado dificuldade para pagar alguns serviços, mas não estamos deixando de honrar os compromissos", enfatizou.

O secretário disse estar surpeso que profissionais que trabalham em um serviço essencial como o Samu deixem de prestar assistência à populaçãodevido a esse atraso. "Eles têm uma responsabilidade social enorme, mas não estão tendo consciência disso porque vão deixar de prestar serviço à sociedade por um problema que será solucionado nos próximos dias", disse. Nelson Tavares informou que até o dia 3 de dezembro as pendências existentes atualmente com a JMT serão solucionadas.
DN

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