Milhares de vaqueiros se reuniram ontem (06) numa grande confraternização realizada na Fazenda Bonfim, em São José de Mipibu, lugar em que funciona o Projeto Cultural Museu do Vaqueiro e o Forró da Lua. O evento é realizado há oito anos na primeira semana de dezembro. É uma homenagem aos homens que desbravaram a região Nordeste, diz o agrônomo e organizador da festa do vaqueiro, Marcos Lopes.
Rodrigo SenaA cavalgada é realizada há três anos como parte da festa da padroeira de São José de Mipibu
Os vaqueiros são homens responsáveis por cuidar de rebanhos. E o Nordeste, segundo Lopes, foi a primeira região do Brasil a apostar na criação de bois.Ontem, ornamentados com suas “armaduras”, incluindo botas, chapéus e casacos de couro, homens de várias partes do Nordeste se reuniram, reavivando práticas tradicionais como a pega do boi, ação em que perseguem, enfrentam e derrubam o animal, usando a força do corpo, e que deu origem as vaquejadas.
Além do pega do boi, o evento incluiu missa do vaqueiro e, de forma inédita este ano, uma vaquejada com participação de amazonas. Também pela primeira vez o evento está integrado à cavalgada promovida pela igreja católica de Nísia Floresta. A cavalgada é realizada há três anos como parte da festa da padroeira do município, Nossa Senhora Doó.
Este ano, apenas na cavalgada, foram registrados mais de 100 participantes entre vaqueiros, ex-vaqueiros, membros da igreja e simpatizantes. ``O objetivo é integrar a população em torno da igreja´´, diz o organizador da cavalgada, Evalto Pereira do Nascimento. Padre José Lenilson de Morais, que está á frente da igreja, complementa que o objetivo é aproximar os homens que trabalham com o gado e com a terra da igreja e proporcionar um momento de lazer sadio a população. “Estamos unindo as pessoas em torno da fé”, comenta.
Os participantes saíram da igreja de Nísia Floresta até a Fazenda Bonfim. A cavalgada atraiu gente de todas as idades que tem em comum a paixão pelos animais. O pecuarista José Miranda, 45, participa desde a primeira edição. Já o agricultor Gilberto Borges, 39, se juntou ao grupo na edição deste ano e levou junto o filho, Gildson, de 10. Desde os quatro anos de idade o menino monta.
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