sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Região do Seridó é pólo de exportação de trabalhadores escravos

Passados 120 anos da abolição da escravatura, é alarmante a quantidade de pessoas que ainda são feitas escravas no País. E o Rio Grande do Norte, assim como todos os demais Estados do Norte e do Nordeste brasileiros, figura como pólo irradiador dessa mão-de-obra. Segundo estimativa da Delegacia Regional do Trabalho (DRT), por ano, mais de mil potiguares são forçados a desempenhar trabalho análogo ao escravo em outras unidades da federação.
Essas pessoas são aliciadas em cidades que têm as mesmas características geo-políticas: estagnação econômica, desemprego em massa e que são vítimas permanentes de calamidade (na maioria das vezes, a seca). Esse quadro é característico de boa parte do nosso Estado. E a região do Seridó, ainda de acordo com a DRT, é a maior “fornecedora” dessa demanda, ou seja, maior “fonte” de escravos do Rio Grande do Norte.  Os trabalhadores saem principalmente de Currais Novos, Acari, Lagoa Nova, Cruzeta, Caicó, Ouro Branco e Timbaúba dos Batistas.
As jornadas diárias são desumanas, chegando muitas vezes a mais de 12 horas de trabalho ininterrupto.
Da Revista Collecione

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