O promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, afirmou que o
Ministério Público irá pedir a execução provisória da multa imposta pela
Justiça Federal à operadora de telefonia móvel TIM. O valor da
penalidade poderá chegar a até R$ 1,87 bilhão. Isto porque segundo
relatório da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), recebido
ontem pelo promotor, a operadora habilitou 18.702 linha telefônicas no
estado mesmo após decisão judicial proibindo-a de comercializar,
habilitar novas linhas ou fazer portabilidade de acesso de outras
operadoras no estado. A multa imposta em caso de descumprimento era de
R$ 100 mil por cada linha ativada.
De acordo com José Augusto
Peres, a Justiça Federal deverá convocar a operadora TIM e o Ministério
Público para se pronunciarem sobre o descumprimento. "Caso as razões
apresentadas pela operadora não justifiquem o descumprimento da decisão
judicial, iremos requerer a execução provisória da multa", afirmou o
promotor. O valor apurado deverá ser revertido para o Fundo Estadual de
Defesa do Consumidor. Em nota, a TIM "informa que não foi notificada
pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte, mas reafirma que adotou
todas as medidas necessárias para o cumprimento da decisão".
A
proibição ocorreu no dia 15 de janeiro, por decisão do juiz federal
Magnus Delgado, da 1ª Vara Federal, atendendo pedido formulado pelo MP e
pela Anatel, em razão da má qualidade do serviço prestado no estado. O
serviço foi suspenso para que as deficiências não aumentassem. Nesse
período, a operadora deveria apresentar um plano de expansão da rede
para corrigir as falhas apontadas pela Anatel.
Em fevereiro, a
TIM anunciou que irá investir R$ 30 milhões na expansão de sua rede no
RN. Em 28 de fevereiro, a Justiça Federal decidiu suspender a proibição
pelo prazo de 90 dias, nos quais a TIM deverá apresentar relatórios, a
cada 30 dias, sobre as ações para melhoria do serviço.
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