Maria da Guia Dantas
repórter
Passa
a ser de R$ 25,6 milhões o gasto anual da Assembleia Legislativa com os
cargos comissionados dos 24 gabinetes dos deputados estaduais. A lei
promulgada esta semana pelo presidente da Casa, Ricardo Motta (PMN),
contempla cada gabinete com três novos auxiliares. As despesas com
assessores de cada deputado vai para R$ 82,2 mil mensais. A Assembleia
fica com 288 cargos nos 24 gabinetes, que exigem dos cofres públicos um
custo mensal de R$ 1,9 milhão. O presidente da Casa dispõe ainda do
dobro de auxiliares dos demais colegas. De acordo com informações da
própria AL, o aumento mensal nas despesas com folha de pessoal
(incluindo-se ativos, inativos, pensionistas e comissionados) é de R$
700 mil/mês.
Um deputado estadual conta agora com 12 auxiliares,
distribuídos da seguinte forma: agente administrativo parlamentar
(salário de R$ 3.656,7); assessor chefe de gabinete (R$ 13.326,16);
assessor técnico de gabinete (R$ 8.918,70); assessor especial
parlamentar (R$ 8.918,70); assessor técnico parlamentar (R$ 8.918,70);
assessor político (R$ 6.636,16); auxiliar parlamentar (R$ 3.746,03);
assistente técnico de comunicação (R$ 6.636,16); secretário de gabinete
parlamentar (R$ 6.923,75); motorista de gabinete parlamentar (salário
de R$ 3.656,75); e técnico de processamento de dados parlamentar (R$
4.304,17).
As leis promulgadas esta semana contemplam ainda os
salários do quadro de servidores efetivos. Com os reajustes, os
servidores passam a ter remunerações que variam de R$ 830,00 a 2.128,78
(nível fundamental); 1.790,00 a 4.591,00 (médio); e 2.630,00 a R$
6.745,43 (superior). Isso referente ao salário base, sem contar as
vantagens acumuladas por cada servidor. As despesas resultantes da
execução da lei ficarão sob a responsabilidade da própria Assembleia
Legislativa.
Ricardo Motta teve que promulgar as leis aprovadas
em abril deste ano porque a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) optou por
não sancioná-la. O Legislativo estadual não ultrapassou, até agora, os
limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Estrutura não mudava há 22 anos, diz assessoria
Quando
os projetos para reestruturar os cargos comissionados da Assembleia
Legislativa foram votados, em abril, a TRIBUNA DO NORTE entrou em
contato com a assessoria, que prestou as seguintes explicações: A
readequação salarial ocorreu dentro de uma política de valorização do
servidor efetivo, bem como da aplicação do Plano de Cargos, Carreira e
Salários, cuja previsão legal é de progressão funcional a cada dois
anos.
Ainda segundo a justificativa da AL, a estrutura dos
gabinetes parlamentares em funcionamento é a mesma desde 1989. Em 22
anos, as atribuições e atividades desenvolvidas pelo legislativo
avançaram. Só para se ter uma ideia da demanda, a Assembleia Legislativa
do Rio Grande do Norte é a que realiza o maior número de audiências
públicas no Brasil, destacou.
A nota afirmou ainda que durante
todo o período a única alteração na estrutura dos gabinetes da Casa se
deu com a criação de um cargo de agente administrativo parlamentar. Em
relação à folha de pessoal (ativos, inativos, pensionistas e
comissionados, incluindo encargos sociais, décimo terceiro e terço de
férias), atualmente de R$ 12,2 milhões por mês, haverá um incremento
mensal de R$ 700 mil
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