segunda-feira, 27 de junho de 2011

Meninas do Brasil buscam título inédito da Copa do Mundo

A Copa do Mundo de futebol feminino começa a ser disputada neste domingo e traz um grande desafio para o Brasil: a conquista de seu primeiro título. Vice em 2007, ao perder para a Alemanha na final, as brasileiras terão a missão de fazer história e para isso apostam em Marta, melhor jogadora do mundo em atividade.

Mas Marta sabe que terá dificuldades pela frente. A começar pela anfitriã, a Alemanha, apontada como grande favorita. A Noruega também é forte. "Vamos enfrentar rivais de primeira linha no futebol mundial e sabemos que os problemas serão enormes. Mas o Brasil chega muito bem credenciado e estamos confiantes".

O Brasil jamais ficou de fora de uma Copa do Mundo feminina, que atinge agora a sua sexta edição. Além das brasileiras, apenas Alemanha, Canadá, Japão, Nigéria, Noruega e Suécia jogaram todos os torneios disputados até hoje.

O TIME ATUAL
Comandada pelo técnico Kleiton Lima, a seleção brasileira tem tudo para fazer bonito e passar pelo Grupo D. A principal rival nesta etapa deverá ser a Noruega, embora a estreia contra a Austrália, no dia 29 de junho, tem tudo para ser tensa, devido à forte marcação das rivais. A "baba" do grupo deverá ser mesmo a última rival: Guiné Equatorial.

A seleção brasileira tem em Marta a sua principal aposta, mas também conta com atletas de ponta para o restante do conjunto, como a goleira Bárbara e a atacante Cristiane. O time base é: Bárbara, Aline Pellegrino, Renata Costa, Érika e Fabiana; Francielle, Ester, Rosana e Bia; Cristiane e Marta.

O BRASIL NOS MUNDIAIS
1991 - Comandada pelo técnico Fernando Pires, a seleção brasileira não conseguiu passar da primeira fase na China. Apesar de ter estreado com triunfo de 1 a 0 sobre o Japão, o Brasil foi facilmente goleado pelos Estados Unidos por 5 a 0 e depois caiu diante da Suécia: 2 a 0. O time contava com figuras que fizeram história com a camisa amarelinha, como a goleira Meg, a meia Pretinha e a atacante Roseli.

1995 - Quatro anos depois, na Suécia, nova decepção para o Brasil, que novamente não passou da primeira fase. As comandadas do técnico Ademar Fonseca, que tinham em seu elenco a meia Sissi como atração, surpreenderam ao estrearem com triunfo por 1 a 0 sobre a poderosa Suécia. Mas uma derrota para o Japão por 2 a 1, logo em seguida, forçou uma tarefa impossível de ser realizada: bater a Alemanha, então campeã do mundo. Resultado: a seleção brasileira acabou humilhada pelas alemãs com uma goleada por 6 a 1.

1999 - Pela primeira vez o Brasil passou de fase e fez bonito. Após golear o México por 7 a 1 na estreia, a seleção brasileira fez 2 a 0 na Itália e arrancou empate por 3 a 3 com a poderosa Alemanha, que teve que se contentar com a segunda posição da chave. Nas quartas de final, após sofrida prorrogação, triunfo de 4 a 3 sobre a Nigéria. Mas nas semifinais o time canarinho não foi páreo para a equipe anfitriã e parou nos Estados Unidos: 2 a 0. De consolo veio o terceiro lugar, superando a Noruega na disputa de pênaltis. O Brasil, que tinha atletas como Formiga e Pretinha, era dirigido pelo técnico Wilsinho.

2003 - Em 2003, novamente nos Estados Unidos, o Brasil foi derrotado pela Suécia nas quartas de final, por 2 a 1, e se despediu do sonho do título. O jogo foi um balde de água fria em um time que surpreendeu na primeira fase ao golear a tradicional Noruega por 4 a 1, depois de ter feito 3 a 0 na Coreia do Sul na estreia. A primeira posição da chave foi confirmada com empate por 1 a 1 com a França. Foi o primeiro Mundial da meia Marta, atração do time comandado por Paulo Gonçalves.

2007 - Sede do primeiro Mundial, a China reservaria ao Brasil a sua melhor campanha na Copa do Mundo de 2007. Com Marta já em grande fase, as brasileiras foram finalistas, mas perderam a decisão para a Alemanha por 2 a 0. A alagoana, que foi artilheira e eleita a melhor jogadora do torneio, comandou a equipe canarinho, que teve 100% de aproveitamento com três vitórias na primeira fase: 5 a 0 na Nova Zelândia, 4 a 0 na China e 1 a 0 na Dinamarca. Nas quartas de final um 3 a 2 sofrido diante da Austrália. Já nas semifinais um histórico 4 a 0 sobre os Estados Unidos. O Brasil era dirigido por Jorge Barcellos.

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