sábado, 23 de julho de 2011

Dois caixas eletrônicos são explodidos em Pureza

Em uma só agência do Bradesco, instalada na cidade de Pureza, a 56 quilômetros de Natal, bandidos explodiram dois caixas eletrônicos durante a madrugada de ontem, levando uma quantia de dinheiro ainda não revelada. A quadrilha, formada por sete integrantes, colidiu um dos veículos utilizados durante a fuga, uma Mitsubishi L-200 roubada, contra o muro da fábrica da Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), em Extremoz, região metropolitana de Natal. A Polícia não conseguiu prender nenhum dos envolvidos, mas encontrou várias armas e ferramentas na caminhonete abandonada. A delegada Sheila Freitas, da Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), acredita que haja pessoas de Natal envolvidas nas explosões devido à proximidade das ocorrências à capital.


Agência ficou totalmente destruída. Foi a terceira ocorrência nesta semana Foto:Paulo de Sousa /DN/D.A Press
O sargento PM Sebastião Galdino, comandante do destacamento PM de Pureza, conta que alguns vigilantes que trabalhavam no momento da explosão disseram ter visto apenas a caminhonete parada em frente a agência. "Eles viam uma movimentação intensa antes da explosão, mas não quiseram se intrometer". Os dois caixas foram detonados por volta das 2h da madrugada de ontem. Apesar de grande parte da agência ter sido destruída com a força da explosão, poucos moradores conseguiram ouvir o barulho.

O tenente PM Isaac Leão, comandante do pelotão PM de Extremoz, conta que ainda durante a madrugada, os criminosos que fugiam pela BR-101 Norte acabaram batendo a Mitsubishi L-200 preta no muro da fábrica da Ambev, na entrada de Extremoz. "Chegamos ao local logo após o acidente, mas não conseguimos encontrar ninguém". O oficial PM diz que, segundo testemunhas, um dos integrantes fugiu para um matagal próximo, enquanto que outros três foram acolhidos por mais dois que estavam em um GM Celta prata, que dava apoio.

Dentro da caminhonete foram encontradas ferramentas como pés de cabra e também uma escopeta calibre 12 com oito munições, uma pistola ponto 40 pertencente a Polícia Militar do Paraná contendo 13 munições, um revólvercalibre 38 com seis munições.

Uma equipe da Deicor foi enviada à Pureza ainda na manhã de ontem para iniciar as investigações sobre a explosão. Sheila Freitas, à frente da apuração dos crimes praticados pelos detonadores de caixas eletrônicos no Rio Grande do Norte, diz que é cedo para saber quais o envolvidos nesse último caso, bem como nas outras duas outras explosões ocorridas na madrugada de quinta-feira, em Baía Formosa e Janduís. "Mas dá para saber que não se trata de um só grupo, já que agiram simultaneamente na quinta. Muita gente está envolvida nisso".

Para a delegada, o fato de os últimos 12 casos ocorridos em território potiguar terem acontecido num raio de 100 quilômetros de Natal "é um forte indício que existe gente daqui especializada nesse tipo de crime". Quanto à origem das dinamites usadas por esses bandidos, Sheila Freitas comenta que "raramente é deixado algum vestígio dos explosivos e fica impossível, assim, identificar de onde vêm. Mas sabemos que na fronteira do RN com a Paraíba existemmuitas pedreiras, de onde podem estar vindo o material".

A titular da Deicor ressalta ainda que a Divisão ainda não recebeu os explosivos deixados por bandidos junto a caixas eletrônicos que iria ser detonados em Baía Formosa. "Os policiais militares que estiveram no local ainda não me enviaram esse material, que pode nos dar uma boa pista".

DN

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