A máfia do lixo hospitalar que está assuntando vários estados brasileiros deixou rastros também no Rio Grande do Norte. No município de Serra de São Bento, distante 109 quilômetros de Natal, o estudante João Marcos da Silva, 16 anos, descobriu que o bolso de uma de suas bermudas tem a marca do hospital Jayme da Fonte, localizado em Recife. No mesmo município um lençol também foi identificado como sendo tecido reaproveitado de material hospitalar. A máfia age comprando tecidos contaminados de hospitais americanos e transformado o material em lençóis de pousadas e hotéis, sendo aproveitado ainda na fabricação de roupas vendidas no pólo têxtil do Agreste pernambucano. Nos últimos dias, também estão sendo encontrados materiais com marcas de hospitais brasileiros - à exemplo da bermuda de João Marcos.
A descoberta do estudante potiguar foi postada ontem no blog da Serra, do professor Paulo Henrique Mendonça. "Eu estava mexendo nas roupas e minha bermuda caiu, foi quando eu vi obolso. A partir de agora vou prestar mais atenção quando comprar uma roupa", relatou Marcos. Ele disse que viu uma reportagem na televisão e ficou pensando que poderia ter alguma roupa feita com lençol de hospital. Marcos ganhou a bermuda da avó há dois anos. Ela comprou em uma lojinha da cidade.
A proprietária da loja Elshaday, onde a roupa foi comprada para presentear Marcos, falou que negocia confecções no município de Caruaru. "Nunca tive nenhum problema e nem tinha percebido isso", explicou Maria das Graças de Araújo. A comerciante comprar roupas em vários locais de Caruaru e não lembra o nome das lojas.
A descoberta de Marcos foi apenas o fio de um novelo que compromete mais ainda o forte polo têxtil pernambucano que, comprovadamente, estaria utilizando peças contaminadas de hospitais na fabricação de confecções que são vendidas pelo Brasil. Também em Serra de São Bento foi encontrado um lençol com a marca do Hospital Jayme da Fonte. A informação foi confirmada por uma parente da dona da peça, que nãopôde falar com a reportagem do Diário de Natal.
Outras denúncias têm surgido na Bahia, Ceará, Paraíba e Alagoas. A Vigilância de Saúde dos estados estão investigando a origem dos tecidos. Na última quinta-feira um caminhão que vinha de São Paulo para Santa Cruz do Capibaribe foi apreendido com 13 toneladas de retalhos com logomarcas do hospital Santa Izabel, na Bahia. A reportagem entrou em contato com a Vigilância Sanitária do RN, mas não há investigação no estado sobre o caso.
Lixo americano
Nesta semana, a Receita Federal apreendeu dois contêineres com 23,3 toneladas cada de lixo hospitalar trazido irregularmente dos Estados Unidos por uma empresa têxtil pernambucana. A empresa responsável pelos contêineres com lixo hospitalar apreendidos nos últimos dias no Porto de Suape, em Pernambuco, ainda tinha para receber outros 14 contêineres vindos dos Estados Unidos na próxima semana. A agência marítima responsável por transportar a carga - que também trouxe o material já retido - informou à Receita Federale a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que os contêineres foram despachados pela mesma empresa exportadora norte-americana que enviou mais de 46 t de resíduos classificados como potencialmente infectantes pela legislação sanitária brasileira.
A descoberta do estudante potiguar foi postada ontem no blog da Serra, do professor Paulo Henrique Mendonça. "Eu estava mexendo nas roupas e minha bermuda caiu, foi quando eu vi obolso. A partir de agora vou prestar mais atenção quando comprar uma roupa", relatou Marcos. Ele disse que viu uma reportagem na televisão e ficou pensando que poderia ter alguma roupa feita com lençol de hospital. Marcos ganhou a bermuda da avó há dois anos. Ela comprou em uma lojinha da cidade.
A proprietária da loja Elshaday, onde a roupa foi comprada para presentear Marcos, falou que negocia confecções no município de Caruaru. "Nunca tive nenhum problema e nem tinha percebido isso", explicou Maria das Graças de Araújo. A comerciante comprar roupas em vários locais de Caruaru e não lembra o nome das lojas.
A descoberta de Marcos foi apenas o fio de um novelo que compromete mais ainda o forte polo têxtil pernambucano que, comprovadamente, estaria utilizando peças contaminadas de hospitais na fabricação de confecções que são vendidas pelo Brasil. Também em Serra de São Bento foi encontrado um lençol com a marca do Hospital Jayme da Fonte. A informação foi confirmada por uma parente da dona da peça, que nãopôde falar com a reportagem do Diário de Natal.
Outras denúncias têm surgido na Bahia, Ceará, Paraíba e Alagoas. A Vigilância de Saúde dos estados estão investigando a origem dos tecidos. Na última quinta-feira um caminhão que vinha de São Paulo para Santa Cruz do Capibaribe foi apreendido com 13 toneladas de retalhos com logomarcas do hospital Santa Izabel, na Bahia. A reportagem entrou em contato com a Vigilância Sanitária do RN, mas não há investigação no estado sobre o caso.
Lixo americano
Nesta semana, a Receita Federal apreendeu dois contêineres com 23,3 toneladas cada de lixo hospitalar trazido irregularmente dos Estados Unidos por uma empresa têxtil pernambucana. A empresa responsável pelos contêineres com lixo hospitalar apreendidos nos últimos dias no Porto de Suape, em Pernambuco, ainda tinha para receber outros 14 contêineres vindos dos Estados Unidos na próxima semana. A agência marítima responsável por transportar a carga - que também trouxe o material já retido - informou à Receita Federale a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que os contêineres foram despachados pela mesma empresa exportadora norte-americana que enviou mais de 46 t de resíduos classificados como potencialmente infectantes pela legislação sanitária brasileira.
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