O ex-chefe do Gabinete Civil Paulo de Tarso Fernandes admitiu ontem que
se excedeu ao fazer julgamentos sobre o estilo pessoal da governadora
Rosalba Ciarlini. Paulo de Tarso afirmou que mantém as avaliações sobre o
governo, mas disse reconhecer que os comentários pessoais foram
inadequados e excessivos.
Paulo
de Tarso se refere a declarações que foram publicadas no fim de semana
em um blog, nas quais ele criticou o que seriam ingerências do
ex-deputado Carlos Augusto Rosado, marido da governadora, na condução
política e administrativa do governo.
Ontem, o ex-chefe do
Gabinete Civil disse que não cabe esse tipo de julgamento e preferia não
ter feito tais observações. "Fui injusto. A governadora tem direito de
ouvir quem ela quiser, especialmente o marido", afirmou. Ele acrescentou
que nunca testemunhou interferências indevidas do ex-deputado Carlos
Augusto Rosado. "Ele não interferiu. É uma pessoa honrada e nunca o vi
exercer influência que prejudicasse o Estado ou causasse prejuízo ao
erário público", afirmou.
O ex-chefe do Gabinete Civil lembrou
que os comentários indevidos foram feitos em um dia que tinha consumido
bebida alcoólica. "Tinha bebido, não devia ter dito tudo aquilo",
lamentou. Além disso, afirmou, estava "revoltado" com o tratamento dado
ao vice-governador Robinson Faria, que não foi nomeado para retornar ao
cargo de secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.
O
ex-chefe de Gabinete acrescentou que, apesar de reconhecer o julgamento
pessoal como excessivo, mantém as avaliações críticas sobre os rumos
políticos e administrativos do Governo. Paulo de Tarso considera
preocupante o fato da atual administração não conseguir recuperar a
saúde financeira do Estado.
Ele alerta que a situação do Governo
é grave por não ter um rumo que sinalize para uma solução aos desafios
da atual conjuntura. "É grave a questão do Estado. O governo está
desnorteado e não restaura a saúde financeira do Estado", adverte.
Ao
comentar as decisões anunciadas ontem pela governadora, que ampliou as
demissões no secretariado, ele disse que o "Rio Grande do Norte perde"
com a exoneração da advogada Tatiana Mendes Cunha do cargo de
consultora-geral do Estado. "Pelo que soube, ela é acusada de ter
facilitado a agenda do vice-governador, quando ele substituiu a
governadora interinamente, mas isso não é verdade, um consultor não tem
essa responsabilidade", afirmou.
Paulo de Tarso destacou ainda que mantém "a total solidariedade ao vice-governador Robinson Faria".
Fonte: TN
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