sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Acidentes crescem nas rodovias federais do RN

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou um aumento de 3,3% no número de acidentes de veículos nas sete estradas federais que cortam o território potiguar em 2011 em comparação ao ano anterior. Apesar disso, houve uma queda nos números de feridos graves e mortos nesses acidentes. Segundo o inspetor Everaldo Morais, diretor do núcleo de comunicação do órgão, o que chama a atenção é o fato de 48 % dos acidentes em todas as rodovias se concentrarem no trecho da BR-101 entre o Complexo Viário do 4º Centenário e Parnamirim.

Ao todo, foram 4.070 acidentes nas BRs do Rio Grande do Norte registrados em 2011, com 629 feridos graves e 181 mortes. Em 2010, foram 3.936 acidentes, com 640 feridos e 194 pessoas mortas. Houve, então, uma redução de 1,7% no número de feridos. O inspetor Morais atribui o acréscimo nos acidentes deste ano ao crescente aumento da frota de veículos no estado e à frequente falta de respeito às normas de trânsito por parte dos condutores.

A rodovia com maior número de acidentes em 2011, como no ano anterior, é a BR-101, com 2.345 ocorrências. Durante o ano passado, 204 pessoas se feriram e 41 foram mortas em acidentes nessa rodovia. Everaldo Morais explica que o problema com essa estrada está no trecho urbano entre Natal e Parnamirim, as principais cidades da região metropolitana. "Há um fluxo muito intenso de veículos entre esses municípios. Trata-se de um trecho que têm apresentado um crescimento populacional enorme em suas margens há vários anos e que conta com vários estabelecimentos comerciais ao longo delas. Tudo isso contribui para que haja batidas e atropelamentos frequentes".

Contudo, as rodovias com maior quantidade de mortos em acidentes durante o ano passado são as BR 226 e a 304. A primeira teve 355 acidentes contra 730 da segunda. No entanto, a BR 226, que vai de Natal até a região Seridó, teve 46 pessoas mortas nos acidentes, contra 43 da BR 304, que liga a capital potiguar a Mossoró. Morais lembra que essas rodovias apresentam sobreposição, ou seja, há um trecho em que ambas são a mesma estrada. O fator que contribui bastante para os acidentes nessas estradas, segundo o inspetor, é o fato de apresentarem pista simples em boa parte de sua extensão, mesmo sendo rodovias de trânsito intenso. "Isso contribui para que ocorram colisões frontais, ocasionadas por condutores que fazem ultrapassagens imprudentemente", diz o policial rodoviário.

A maioria dos acidentes registrados no ano passado são de colisões traseiras, com 1.556 casos. Isso pode ser explicado pelo fato de a principal causa dos acidentes ser exatamente os casos de falta de atenção, com 1.431 dos registros em 2011. "O condutor tem que ter em mente que o ato de dirigir demanda foco. Mas, às vezes, alguém fala ao celular, conversa com passageiros do banco de trás, troca a faixa do CD ou mesmo fica com uma mão apenas no volante. Qualquer distração pode causar um acidente", diz Everaldo Morais. Já as colisões frontais, apesar de terem sido somente 145, foram responsáveis pelas mortes de 47pessoas.

Mesmo com toda a fiscalização feita pela PRF, os casos de ingestão de bebida alcoólica foram responsáveis por 200 dos acidentes registrados no ano passado, com 50 pessoas feridas gravemente e 16 mortes. Em 2010, a embriaguez ao volante foi a causa de 170 acidentes, com 54 feridos e 12 mortos.

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