sábado, 14 de janeiro de 2012

Hospital recebe medicamentos

Tribuna do Norte
Em meio ao caos que se instalou na última semana no Hospital Walfredo Gurgel, uma notícia diminuiu os problemas: fornecedores de medicamentos e insumos responderam positivamente a um pedido do Governo do Estado e começaram a abastecer o hospital. Mas o problema ainda não resolvido por completo. De uma lista com 140 itens, 59 continuam em falta na unidade médica. Segundo Josenildo Barbosa de Lima, diretor administrativo do HWG, o problema da falta de abastecimento começou quando, no dia 29 de dezembro do ano passado, o Governo do Estado não fez o pagamento da parcela de R$ 380 mil acerca de 12 empresas que fornecem remédios e insumos ao hospital. "Não foi feito esse pagamento e as empresas deixaram de abastecer. Até o feriado de Reis (dia 6 de janeiro) a situação ficou sob controle, depois desse dia, no entanto, ficou complicado", relatou.
Aldair DantasDomício Arruda, secretário estadual de SaúdeDomício Arruda, secretário estadual de Saúde

O titular da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Domício Arruda, disse ontem que conseguiu um acordo com duas empresas fornecedoras. O secretário explicou o motivo do atraso no pagamento. "Estamos com o orçamento fechado, por isso não pagamos. Porém, conversamos com as empresas e prometemos que, tão logo o orçamento seja aberto, vamos fazer o pagamento dos atrasados com dinheiro de recursos próprios. Acredito que esse problema não irá acontecer novamente", afirmou.

Desabastecimento do HWG não está resolvido

Apesar da promessa de pagamento às empresas fornecedoras do HMWG, feita pelo secretário Domício Arruda, nem todos os medicamentos e insumos foram restabelecidos na tarde de ontem. De uma lista com 140 itens que vão de analgésicos a agulhas, 59 ainda estão em falta  na maior unidade médica pública do Estado. O diretor administrativo do hospital, Josenildo de Lima, acredita que até quarta-feira tudo esteja resolvido. "Nossa esperança é essa. Mas acredito que estará tudo certo", disse.

A falta de medicamentos aliada à superlotação dos corredores e falta de leitos transformou o Walfredo Gurgel num local com "uma grave violação aos direitos do paciente" e "um desrespeito à dignidade humana", na semana passada. Foi assim que representantes do Conselho Regional de Medicina (Cremern), do Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e da Comissão de Direito de Saúde da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN), que visitaram o hospital, na manhã da última quinta-feira, classificaram o local.

O Hospital Walfredo Gurgel custa, por mês, R$ 10 milhões. Deste total, cerca de R$ 6 milhões equivalem a folha de pessoal e o restante é destinado para demais despesas referentes ao custeio, manutenção e abastecimento de medicamentos, material cirúrgico e de limpeza. Os recursos são oriundos do Ministério da Saúde, R$ 1,2 milhão referente a produção (por serviços/procedimentos prestados) e cerca de R$ 8,8 milhões, em recursos próprios da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), cujo orçamento não sofreu aumento no último ano. Embora atenda pacientes de todo o Estado, o HWG não recebe qualquer recurso de Prefeituras, em virtude da pactuação da alta e média complexidade se dar entre ente federal e o Estado.

Um novo aporte de recursos poderá dar fôlego à saúde financeira à unidade. O programa SOS Emergência, do Ministério da Saúde, garantirá R$ 3 milhões para aquisição e renovação de equipamentos e mobílias.

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