A situação econômica do Governo do Estado no gasto com a folha
de pessoal se agravou no último quadrimestre. Se ao final do segundo
quadrimestre de 2011 a preocupação do Executivo era sair do limite
prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, agora o foco é outro: o
Governo tem que buscar mecanismos para não colocar os gastos com o
funcionalismo acima do limite total da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A análise é do escritório do IBGE no Rio Grande do Norte, José
Aldemir Freire. Ele observou que pelos números do último quadrimestre do
ano passado, onde o Executivo destinou 48,59% da receita para a folha
de pessoal, o Governo potiguar ficou muito mais próximo de romper com o
limite total do que mesmo se colocar abaixo do limite prudencial.
“A situação se inverteu. O Governo hoje tem que se preocupar é em não
ficar acima do limite total da Lei de Responsabilidade Fiscal. Está
muito difícil o Governo deixar esse limite prudencial”, comentou José
Aldemir.
Ano passado, no mês de setembro, ele concedeu uma entrevista a
TRIBUNA DO NORTE onde avaliou que o Governo do Estado só conseguiria
deixar o limite prudencial no final de 2012. “Agora ficou mais
complicado. Não sei nem se vai conseguir sair do limite (prudencial)”,
completou.
Para José Aldemir o aumento dos gastos no último quadrimestre de 2011
foram consequência dos reajustes aplicados pelo Governo no
funcionalismo, inclusive os professores. Ele avaliou que o quadro
econômico ganhará novos complicadores com o aumento do salário mínimo, o
reajuste que continuará a ser aplicado aos professores, já que foi
dividido em três parcelas, e ainda a convocação de policiais civis.
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