quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Diretor do IBGE analisa que situação do Governo do Estado se agravou no último quadrimestre


A situação econômica do Governo do Estado no gasto com a folha de pessoal se agravou no último quadrimestre. Se ao final do segundo quadrimestre de 2011 a preocupação do Executivo era sair do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, agora o foco é outro: o Governo tem que buscar mecanismos para não colocar os gastos com o funcionalismo acima do limite total da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A análise é do escritório do IBGE no Rio Grande do Norte, José Aldemir Freire. Ele observou que pelos números do último quadrimestre do ano passado, onde o Executivo destinou 48,59% da receita para a folha de pessoal, o Governo potiguar ficou muito mais próximo de romper com o limite total do que mesmo se colocar abaixo do limite prudencial.
“A situação se inverteu. O Governo hoje tem que se preocupar é em não ficar acima do limite total da Lei de Responsabilidade Fiscal. Está muito difícil o Governo deixar esse limite prudencial”, comentou José Aldemir.
Ano passado, no mês de setembro, ele concedeu uma entrevista a TRIBUNA DO NORTE onde avaliou que o Governo do Estado só conseguiria deixar o limite prudencial no final de 2012. “Agora ficou mais complicado. Não sei nem se vai conseguir sair do limite (prudencial)”, completou.
Para José Aldemir o aumento dos gastos no último quadrimestre de 2011 foram consequência dos reajustes aplicados pelo Governo no funcionalismo, inclusive os professores. Ele avaliou que o quadro econômico ganhará novos complicadores com o aumento do salário mínimo, o reajuste que continuará a ser aplicado aos professores, já que foi dividido em três parcelas, e ainda a convocação de policiais civis.

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