Atrasos na entrega de encomendas e boletos pela Empresa de Correios e
Telegráfos (ECT) causa transtornos para moradores de diversos bairros da
capital e na Grande Natal. O serviço apresenta deficiências, apesar da
realização de concurso público para contratação de pessoal, realizado no
ano passado. Até dezembro foram contratados cerca de 130 servidores,
entre carteiros, operador de triagem e atendentes. De acordo com dados
da Superintendência dos Correios, em Natal, o volume de objetos
entregues chega a 120 mil por dia.
Rodrigo SenaNão há previsão para convocação de concursados este ano
Em alguns bairros, como Nova Parnamirim e Lagoa Nova a situação é mais crítica. A advogada Carmem Rita Barbosa Siqueira, 26 anos, aguarda desde fevereiro receber produtos comprados em sites de vendas do exterior. A mercadoria, de acordo com o serviço de rastreamento do produto, entrou no Brasil há quase dois meses, mas não consegue chegar ao destino final, o endereço é Lagoa Nova. O prazo para entrega seria de um mês. "Quando ligo para os Correios, ele exigem dados muito específicos do produto, que não tenho. Ou simplesmente admitem que o serviço está um caos e orientam a reclamar. Mas até fazer isso, pelo site, é difícil", lamenta.
O morador de Nova Parnamirim Rodrigo Brun, conta que já se conformou em pagar os juros cobrados pelas operadoras de cartão de crédito. As contas chegam no endereço em média cinco dias após o prazo para o pagamento. "Não tem mais o que fazer. Cansei de esperar e já tenho calculado o prejuízo na hora de pagar. Quando os juros são altos, recorro ao empréstimo", observa. A queixa, segundo ele, é antiga e afeta os demais moradores do bairro. A administradora Isabele Xavier, 34 anos, desistiu de esperar a entrega dos boletos no prazo. "Para evitar os juros, acabo imprimindo segunda via, ligando para pegar código de barras", disse. O problema na prestação de serviços, em Tirol, onde mora, já dura cinco meses.
A Superintendência dos Correios no RN, por meio da assessoria de imprensa, admite que problemas "pontuais tenham ocorrido na distribuição dos objetos". Informações da assessoria de imprensa dão conta que, nos primeiros três meses do ano, há um crescimento médio de cerca de 20% no volume médio de objetos - 120 mil por dia. O incremento se deve ao envio de cobranças de impostos, como IPVA, IPTU, além de renovação de cartões de crédito e ainda a compras eletrônicas.
Em bairros como Nova Parnamirim, a expansão imobiliária seria o entrave para cumprimento dos prazos, conforme informações da assessoria dos Correios. Um estudo para o redimensionamento da rede de atendimento e distribuição está em andamento. Ainda de acordo com informações da assessoria de imprensa, o fim do contrato dos temporários, em dezembro de 2011, resultou na baixa de 80 terceirizados no período de janeiro a março. A expectativa que com o contrato de mão de obra terceirizada, com a empresa Extralimpo, a situação comece a se normalizar a partir de maio. Não há previsão para convocação de concursados.
Da TN
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