Pacientes que procuram atendimento nos dois maiores hospitais públicos
de Natal encontram corredores superlotados e muita sujeira. Médicos e
funcionários estão em greve, e o atendimento está restrito às
emergências.
A técnica em saúde bucal Francisca Brito Soares se revolta com a falta de atendimento médico ao avô, internado há uma semana. "Eu sei que está em greve, mas tem que dar uma assistência para os pacientes. Os pacientes não podem ficar jogados igual a bicho", critica.
A técnica em saúde bucal Francisca Brito Soares se revolta com a falta de atendimento médico ao avô, internado há uma semana. "Eu sei que está em greve, mas tem que dar uma assistência para os pacientes. Os pacientes não podem ficar jogados igual a bicho", critica.
No maior pronto-socorro público do Rio Grande do Norte, médicos,
enfermeiros e auxiliares estão em greve. Eles pedem melhores condições
de trabalho e salários. As negociações com o governo esbarram na falta
de orçamento. A promotora da saúde visitou nesta segunda-feira (30) o
Hospital Walfredo Gurgel e constatou o acúmulo de lixo por causa da
dívida com a empresa responsável pela coleta.
O lixo, acumulado há cerca de duas semanas, fica bem ao lado do prédio
da nutrição. É lá onde os funcionários fazem as refeições e de onde saem
as refeições para os pacientes.
Em outro hospital público de Natal, restrição no atendimento.
"Atendemos urgência e emergência aqui", diz uma funcionária.
Pelos corredores, equipamentos encostados, sem uso, mofo provocado pela
infiltração, ferrugem e moscas em meio a muitos pacientes.
"Sujo, sem higiene, sem sabão para limpar. É uma tristeza esse hospital", constata uma senhora.
"Além da superlotação, da falta de condições de espaço físico, o
hospital está totalmente desabastecido", revela o médico Luiz Quaresma.
No setor de reanimação deveriam ficar apenas os pacientes que tiveram
paradas cardíacas. Mas por trás das cortinas funciona uma UTI
improvisada.
"Acaba que a gente fica com pacientes graves, que não têm leitos de UTI
onde possam ser internados. Realmente, aqui não é o local adequado para
esses pacientes", diz a médica Artenise Revorêdo.
"Só um doutor para atender todo mundo. O secretário da Saúde que tome
providência, porque desse jeito Natal vai ficar em calamidade pública",
diz morador.
A equipe do Jornal Nacional procurou o secretário de Saúde, Domício
Arruda, mas ele declarou que não daria entrevista porque ontem era feriado.
Para quem perdeu a reportagem no Jornal Nacional sobre o quadro caótico da saúde pública potiguar, aqui o link para a página do vídeo.
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