sábado, 2 de junho de 2012

DEU NO BLOG OBRAS EMPACADAS...

OBRAS PARADAS COMPROMETEM PROJETO DE IRRIGAÇÃO NO RN.


Água para transformar a realidade da população do Oeste potiguar. Em Apodi, município que fica a 328 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte, existe uma construção que pode melhorar a vida de aproximadamente 80 mil pessoas. Trata-se do perímetro irrigado da Barragem Santa Cruz do Apodi.
A obra, realizada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS), conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), porém com a demora na liberação dos recursos, a obra enfrenta problemas para ser executada.
O projeto elaborado pela empresa Tecnosolo-Hydros contempla uma área de cerca de 9.000 hectares, sendo que na primeira etapa serão irrigados 5.200 hectares. De acordo com o projeto, serão necessários R$ 280 milhões para implementar a obra. Desse total, R$ 195 milhões serão provenientes de recursos do PAC. Os orçamentos de 2009 a 2012 já reservaram R$ 112 milhões para a obra. No entanto, foram empenhados apenas R$ 17 milhões (15%) e somente R$ 4 milhões foram pagos, ou seja, 3,5%.
O deputado Felipe Maia (Democratas-RN) vê com preocupação a falta de compromisso do governo federal com o estado. “O Rio Grande do Norte precisa de ações que promovam o seu desenvolvimento. Esse projeto pode melhorar a qualidade de vida da população e impulsionar a geração de emprego e renda na região. Entretanto, está parado devido à falta de investimentos federais. É lamentável o descaso e a ineficiência do governo federal com a execução de obras estruturantes”, enfatizou o parlamentar.
O perímetro de irrigação Santa Cruz do Apodi abrange a construção de rede elétrica e viária, estação de bombeamento, drenagem, sistema de captação de água, rede de condução e distribuição de água. Quando estiver em atividade, a área será usada essencialmente para a fruticultura. A expectativa é de que sejam gerados 15 mil empregos diretos e indiretos.
A obra
A instalação da Barragem enfrenta problemas que comprometem a sua execução e parecem estar longe do fim. O projeto caminha a passos lentos e a expectativa de que seja entregue no prazo, dezembro de 2013, está cada vez mais distante.
Em visita ao local onde será implantada a adutora é possível ver a carência de recursos, a lentidão da obra e o descaso com o dinheiro público. A má conservação dos tanques é o cartão de visitas do espaço, o lodo e a ferrugem estão presentes nas instalações. Alguns fios e tubulações estão jogados no chão, e o processo de deterioração se desenvolve rapidamente. Segundo moradores da região, a obra está paralisada há meses. A falta de cuidado do local revela como são tratados os empreendimentos que tanto podem beneficiar o país.

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