Seja para comprar, se comunicar e se informar, ou
mesmo para lazer, é difícil imaginar o mundo hoje sem a rede mundial de
computadores. Contudo, o acesso à internet ainda não está disponível
para grande parte dos brasileiros. A “Pesquisa sobre o uso das
tecnologias da informação e da comunicação no Brasil” (TIC –
Domicílios), divulgada ontem pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil
(CGI.br), mostra que, embora o acesso ao mundo digital venha se
democratizando no país, a maioria das casas continua desconectada.
De forma geral, os dados apresentam melhora significativa. O índice de domicílios com computador passou de 35% para 45% entre 2010 e 2011, enquanto as casas com internet passaram de 27% para 38%. No entanto, o crescimento ainda é desigual: brasileiros do Norte e do Nordeste e moradores da zona rural ainda estão na lanterna da inclusão digital. Culpa da falta de infraestrutura e dos altos preços, que tornam a conexão lenta e cara.
Assim, o levantamento aponta que o acesso à tecnologia, em especial à web, reflete as desigualdades e os problemas sociais do Brasil. “Na classe A, vivemos uma realidade em que a internet é praticamente universalizada. Enquanto isso, nas classes D e E, é quase inexistente”, aponta Marcelo Barbosa, gerente de pesquisas do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), entidade responsável pela pesquisa divulgada pelo CGI.br. Enquanto no grupo mais rico o acesso está presente em 96% dos domicílios, entre os mais pobres esse percentual despenca para 5%. A velocidade da conexão de ricos e pobres também é profundamente desigual: 25% dos usuários da classe A mantêm uma conexão de mais de 8Mbps, velocidade disponível para apenas 3% dos cidadãos das classes D e E.
O estudo revela ainda que, aos poucos, os tradicionais computadores de mesa estão sendo deixados de lado, dando lugar às máquinas portáteis. Enquanto 5% dos lares ganharam desktops em 2011, em 10% a escolha foi pelos notebooks. “Outro crescimento marcante foi o das conexões 3G, que nos últimos três anos têm se mostrado ferramenta importante para levar a internet a mais pessoas”, comenta Barbosa. Mais prático e simples, o modelo no qual um modem móvel é ligado ao computador ultrapassou, pela primeira vez, as conexões discadas, mais simples, com tráfego lento. O 3G pulou de 10% em 2010 para 18% no último ano, ao passo que as conexões discadas caíram de 13% para os 10% de 2011. “Embora lento, há também aumento das conexões mais rápidas, que usam mais de 5Mbps”, completa.
PROBLEMA SOCIAL
O pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Marcello Barra explica que as distorções do mundo off-line são as mesmas do ambiente virtual. “O grande problema da internet no Brasil é o preço. Os computadores custam muito e a conexão está entre as mais caras do mundo. É considerada classe média uma família cuja renda per capta varia de R$ 291 a R$ 1.019, o que torna inviável para grande parte das pessoas (adquirir um computador com acesso à rede)”, afirma o especialista em sociologia da internet.
De forma geral, os dados apresentam melhora significativa. O índice de domicílios com computador passou de 35% para 45% entre 2010 e 2011, enquanto as casas com internet passaram de 27% para 38%. No entanto, o crescimento ainda é desigual: brasileiros do Norte e do Nordeste e moradores da zona rural ainda estão na lanterna da inclusão digital. Culpa da falta de infraestrutura e dos altos preços, que tornam a conexão lenta e cara.
Assim, o levantamento aponta que o acesso à tecnologia, em especial à web, reflete as desigualdades e os problemas sociais do Brasil. “Na classe A, vivemos uma realidade em que a internet é praticamente universalizada. Enquanto isso, nas classes D e E, é quase inexistente”, aponta Marcelo Barbosa, gerente de pesquisas do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), entidade responsável pela pesquisa divulgada pelo CGI.br. Enquanto no grupo mais rico o acesso está presente em 96% dos domicílios, entre os mais pobres esse percentual despenca para 5%. A velocidade da conexão de ricos e pobres também é profundamente desigual: 25% dos usuários da classe A mantêm uma conexão de mais de 8Mbps, velocidade disponível para apenas 3% dos cidadãos das classes D e E.
O estudo revela ainda que, aos poucos, os tradicionais computadores de mesa estão sendo deixados de lado, dando lugar às máquinas portáteis. Enquanto 5% dos lares ganharam desktops em 2011, em 10% a escolha foi pelos notebooks. “Outro crescimento marcante foi o das conexões 3G, que nos últimos três anos têm se mostrado ferramenta importante para levar a internet a mais pessoas”, comenta Barbosa. Mais prático e simples, o modelo no qual um modem móvel é ligado ao computador ultrapassou, pela primeira vez, as conexões discadas, mais simples, com tráfego lento. O 3G pulou de 10% em 2010 para 18% no último ano, ao passo que as conexões discadas caíram de 13% para os 10% de 2011. “Embora lento, há também aumento das conexões mais rápidas, que usam mais de 5Mbps”, completa.
PROBLEMA SOCIAL
O pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Marcello Barra explica que as distorções do mundo off-line são as mesmas do ambiente virtual. “O grande problema da internet no Brasil é o preço. Os computadores custam muito e a conexão está entre as mais caras do mundo. É considerada classe média uma família cuja renda per capta varia de R$ 291 a R$ 1.019, o que torna inviável para grande parte das pessoas (adquirir um computador com acesso à rede)”, afirma o especialista em sociologia da internet.
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